Mariana de Sá Gaspar

 ANÁLISE DA NARRATIVA SOBRE A IDADE MÉDIA OCIDENTAL EM UM LIVRO DE HISTÓRIA DO ENSINO FUNDAMENTAL

Os livros didáticos em especial, vêm sendo alvo de pesquisas, inclusive no Brasil, que inicialmente se referiam às abordagens ideológicas dos autores, até que se estenderam à verificação do conteúdo, da proximidade com as publicações acadêmicas mais recentes, das visões estereotipadas das minorias ou de determinados grupos étnicos (BITTENCOURT, 2008, p. 304).  A pesquisa enquanto fundamental na atuação dos profissionais da educação, e a partir do reconhecimento do livro didático enquanto um material importante na experiência da aprendizagem nas escolas, se faz necessário compreender tanto os limites quanto as possibilidades dos livros didáticos refletidas no ensino (GARCIA, 2013, p. 98-99).

Nesse sentido, uma abordagem frequente nos livros didáticos é a Idade Média, uma temática que acaba muitas vezes, revelando noções de forma pejorativas, entono de aspectos como as guerras, a peste, a exploração, o analfabetismo, como afirmado por Silva (2011), e também abordagens que acabam por ressaltar estereótipos do período, que por vezes já recebe uma carga enorme de anacronismos, inserção de elementos fictícios e descontextualizações nos contos de fadas, nos filmes, nos programas de TV e outros meios midiáticos. Estereótipos que, conforme apontado pela pesquisa de Oliveira (2010), influenciam na percepção dos alunos a respeito da Idade Média. Dessa forma, tendo em vista o uso do livro didático nas escolas de rede público de todo o Brasil, é importante que, se tais noções quando trazidas pelo livro didático, sejam problematizadas.

Este texto é fruto da minha pesquisa de Iniciação Científica, realizada através da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), que teve como fontes dois livros didáticos dedicados ao ensino fundamental, a respeito da temática Idade Média Ocidental. Conforme proposto por Flávia Eloísa Caimi (2002) para a análise de livros didáticos, realizei perante estes materiais as seguintes observações: análise da proposta dos autores e se estes objetivam a aprendizagem e o ensino de História; percepção de que os autores possibilitam a noção de produção historiográfica ou se o discurso se apresenta impondo verdades aos alunos; análise de qual temporalidade é empregada na narrativa; verificação das fontes disponíveis e sugeridas e suas abordagens, bem como a bibliografia utilizada para a produção do material didático; e por fim, análise de qual a importância dada aos sujeitos históricos: se há uma abordagem que destaca personagens heroicizados ou, se refere às minorias, às lutas populares, se os sujeitos são vistos como indivíduos passivos ou há espaço para seus papeis e a percepção de que eles constroem a História.

Selecionei uma das fontes da pesquisa para compor este texto: “Navegando pela História” e o manual do professor da coleção, ambos de 2009, da editora Quinteto editorial, dedicado ao sétimo ano do ensino fundamental, das autoras Silvia Panazzo e Maria Luísa Vaz, focando em especial na análise da temporalidade, do lugar de inserção dos sujeitos históricos presente na narrativa e se há a possibilidade de percepção de construção da História. Os capítulos analisados são componentes das unidades dois e três do livro didático, e são intitulados como: “Como ficou a Europa após o fim do Império Romano Ocidental?”; “O que foi o sistema feudal?; “Como a sociedade medieval se transformou?”; e “Por que ocorreu a crise do século XIV”.

Segundo o Guia de Livros Didáticos de 2008, o livro em relação à temporalidade, adota uma cronologia sequencial, porém, de uma forma complexa, abrangendo por exemplo, mapas históricos e sua articulação com o texto. “[...]. Neste contexto, nomes de personagens ilustres e datas não são objeto de análise, percebendo-se um esforço em contemplar tanto as dimensões político-sócio-econômicas como os aspectos culturais. Porém, a abordagem predominante é a informativa.” (Guia de Livros Didáticos, 2008, p. 72) De fato, pôde-se perceber que, a temporalidade aproxima-se da divisão historiográfica tradicional, e os fatos apresentam-se de maneira cronológica e informativa, sendo assim, um livro mais voltado à abordagem tradicional, porém, em grande parte, não se prende a datas e não heroiciza personagens históricos.

Na página 34, começa o capítulo 3, intitulado “Como ficou a Europa após o fim do Império Romano Ocidental?”, onde as autoras iniciam o conteúdo mencionando a crise do Império Romano: “Entre os séculos III e V, ocorreram no Império Romano do Ocidente sucessivas migrações de povos germânicos. Tal situação agravou a crise do império que chegou ao fim no ano de 476, quando a cidade de Roma foi ocupada pelos hérulos.” (PANAZZO; VAZ, 2009, p. 34). Como apontado pelo Guia de Livros Didáticos de 2008, a obra traz uma certa renovação ao trabalhar significativamente com questões relacionadas ao Império Romano do Oriente, que inclusive é trabalhado na unidade anterior, a qual apresenta os motivos que desencadearam a crise do Império Romano. Porém, tais motivos, exceto as migrações germânicas, não são retomados ou mencionados no início do capítulo 3, que se refere ao Ocidente. Assim, não é esboçada a ideia de transformação, como foi apontada pelas autoras no manual do professor:

“No processo de compreensão dos contextos abordados e de produção do conhecimento histórico apresentados nesta coleção, busca-se desenvolver conceitos como de sujeito histórico, tempo e espaço, semelhança e diferença, permanência e transformação, ruptura e crise, anterioridade, simultaneidade e posterioridade. (PANAZZO; VAZ, 2009, p. 9)”

A Idade Média ocidental surge a partir dos elementos responsáveis pela crise do Império Romano no século III, sendo estes também estabelecedores de uma nova ordem. (LE GOFF, 2005, p. 19). Dessa forma, não ocorre uma ruptura em um estalar de dedos, há uma transformação, permanências e rupturas. Por mais que se tenha percebido na obra que a associação de fatores levou a uma mudança no período, pode ser causada a impressão de que o império chega ao fim devido à ocupação dos hérulos em 776, sem remeter o aluno a um questionamento a respeito de questões historiográficas como a temporalidade e o processo histórico, bem como o porquê tal data foi estabelecida por determinados historiadores para demarcar o fim do império.

Ao tratar dos povos germânicos, as autoras não demonstram quais as relações e a noção da modificação cultural desses povos com os romanos, apenas mencionando que eles adentravam ao império e se misturavam com a população, sendo chamados de bárbaros por terem hábitos diferentes dos romanos. Como apontado por Le Goff (2005), houve a fusão entre esses povos, o que caracterizaria a Idade Média, e no século V, por terem adquirido parte da cultura de outros grupos, como técnicas metalúrgicas e a aderência de muitos ao Cristianismo, já haviam se modificado, o que demonstra, além da invasão dos hunos (motivo apontado pelas autoras na página 34), a intensificação da penetração germânica no império. No capítulo 4, ao dar início a explicação sobre o feudalismo, as autoras comentam a respeito da fusão dos elementos entre os povos germânicos e romanos: “O sistema feudal, também chamado feudalismo, formou-se a partir da mescla de características da sociedade romana e dos reinos germânicos.” (PANAZZO; VAZ, 2009, p. 45). Porém, não são citados exemplos destas características, o que pode ocasionar a compreensão do que foi essa “mescla”.

No capítulo 3, as autoras trabalham com características culturais e econômicas, como por exemplo, ao tratar da organização dos povos germânicos nas páginas 34 e 35: seu exército, sua divisão de terras, suas habitações, sua forma de subsistência e seus costumes. Porém, as características políticas se sobressaem neste capítulo, sendo grande parte do texto dedicada à formação política dos reinos germânicos e do Império Carolíngio e a maioria das imagens são relacionadas aos governantes. Há a disponibilidade de muitos mapas, todos eles são de caráter político. No final do capítulo, na página 44, em uma das atividades é proposta uma linha do tempo, abrangendo fatos políticos, o que permite o aluno a identificar no livro os acontecimentos, mas não possibilita sua reflexão, podendo se tornar a verdadeira ‘decoreba’ de datas e fatos.

Os governantes ocupam grande parte do discurso contido no capítulo, com informações, como a referente à Carlos Magno: “Na noite de Natal do ano 800, na cidade de Roma, ele recebeu a coroa de imperador das mãos do próprio papa, gesto que demonstrou o quanto era respeitado e poderoso.” Tal coroação atendia possivelmente a estratégia do papa Leão III de atribuir um título à Carlos Magno que representasse uma unidade imperial, visto que o papa estava com problemas com os seus inimigos e não queria que sua autoridade fosse enfraquecida (LE GOFF, 2005, p. 46). Dessa maneira, poderia ser aberta uma discussão a respeito do poder e dos interesses agregados tanto à Igreja e ao papa como ao governante e o que a coroação de Carlos Magno poderia significar, além do fato de ser “respeitado e poderoso”.

O capítulo 4, “O que foi o sistema feudal?”, começa a chamar a atenção do aluno citando exemplos de conto de fadas e elementos como espadas e pontes presentes em filmes e desenhos e na seção “Agora é sua vez” na página 45, é proposta uma atividade que pretende trabalhar com o imaginário dos alunos: “Em duplas, escrevam no caderno uma história que vocês conhecem que apresente elementos da Idade Média europeia. Depois, ilustrem a história com desenhos ou fotos e apresentem-na à classe.” A proposta da atividade é interessante, pois como apontado pelas autoras no manual do professor, contribui para a criatividade dos alunos, além de possibilitar a percepção de seus conhecimentos prévios. Porém, é preciso estar atento ao relacionar a Idade Média ao misticismo, a literatura, ao cinema e aos contos de fadas, pois os estereótipos relacionados ao período podem ser reforçados, fazendo com que os alunos percebam o passado com a perspectiva do presente (PEREIRA, 2007, p.7-8). As autoras no manual do professor, propuseram metodologias para trabalhar em sala de aula, afirmando que a utilização de filmes por exemplo pode ocorrer enquanto fontes, porém, no livro didático isso não é esboçado.

A ideia de feudalismo expressada na página 45 remete a um sistema em diversos âmbitos na sociedade europeia do período, sendo uma forma de organização do trabalho, da política, da economia e da cultura. Neste capítulo, as relações sociais e econômicas são ressaltadas, apresentando diversas imagens de camponeses durante seus trabalhos, sendo todas seguidas de alguma atividade no decorrer do capítulo. Os motivos da origem da servidão e da formação do feudalismo são bem esboçados, o que permite a ideia de transformação, contribuindo para a formação do pensamento histórico dos alunos.

As autoras trabalham de forma abrangente com a forma de vida que os servos levavam, apontado suas dificuldades como a fome, as doenças, o trabalho árduo e a utilização de instrumentos de trabalho simples. No entanto, ao se referir as características feudais como “simples”, as autoras não permitem a contextualização da época e da sociedade, o que pode reforçar preconceitos acerca do feudalismo, podendo trazer a noção de que a atualidade é melhor do que o passado, sem considerar o contexto deste. O texto retrata também características de outras camadas sociais, diferenciando-as, como por exemplo ao abordar a alimentação típica dos servos e a dos nobres, nas páginas 48 e 49. Porém, a alimentação não é associada aos costumes, sendo trabalhada de maneira generalizada. Especialmente em dias de festas religiosas, muito presentes no calendário cristão, por costume germânico e pelo pensamento cristão de que uma boa alimentação estava associada à saúde para a geração de filhos, os mais pobres como os camponeses também muitas vezes se alimentavam fartamente com alimentos pesados, sendo o vinho uma bebida disponível a todos (diferentemente do que apontou o livro didático, afirmando que o vinho e outros alimentos compunham o cardápio dos mais ricos). Tais refeições permaneceram abundantes no cotidiano ao menos até o século X, mas os banquetes continuaram a existir por muito mais tempo (ROUCHE, 2009, p. 432-436).

Os sujeitos destacados no discurso da obra são os servos, os nobres e o clero, mas também artesãos são citados, com exemplo de suas profissões. Em alguns momentos a ideia de estagnação da sociedade feudal pôde ser percebida: “Pode-se dizer que a pessoa nascia, crescia e morria fazendo parte do mesmo grupo social, e sua condição social era transmitida para as gerações seguintes.” (PANAZZO; VAZ, 2009, p. 51) Para o aluno pode transparecer a ideia de que os sujeitos durante a Idade Média eram presos ao sistema e a classe social, como apontado pela pesquisa de Silva (2007), que ressalta que os livros podem trazer a ideia de uma sociedade fechada, sem permitir o aluno perceber que a atuação dos sujeitos se dava de diferentes maneiras, podendo os nobres atuar em áreas como o comércio, comerciantes poderiam se tornar estudantes e funcionários reais e inclusive comprar títulos, passando a pertencer a classe não por meio da hereditariedade, havia camponeses que não eram presos a terra, como os que possuíam suas próprias (os alódios) sem depender do senhor feudal (SILVA, 2007, p. 18-19). A mobilidade dos sujeitos só é expressada no capítulo seguinte, mas já relacionadas às transformações durante o desenvolvimento comercial e urbano, quando o sistema feudal começa a se enfraquecer, o que pode causar a impressão de paralisia durante o feudalismo, que embora fosse diferente da dinâmica urbana e comercial, não era estagnada por completo, pois os camponeses eram constantemente redistribuídos nas comunidades, assim como migravam muito, os clérigos viajavam e os nobres guerreavam em diversos lugares (LE GOFF, 2005, p. 127).

As autoras comentam na página 51, que havia os religiosos administradores da Igreja e os que se dedicavam aos estudos e ao atendimento espiritual, sem mencionar as diferenciações sociais existente entre eles, pois o alto clero possuía poderes, mas havia ordens humildes que não vivenciavam a riqueza e a luxuosidade, que renunciavam os bens materiais. Membros da Igreja na sociedade desorganizada na época de crise, acabaram por exercer influência política, mas também econômica, social e militar, ao oferecer ajuda aos necessitados, organizar formas de resistência e exercer influência espiritual (LE GOFF, 2005, p. 40-183). Ou seja, a Igreja teve influências de diferentes maneiras, o que poderia ser esboçado no livro didático.

São citados os “infiéis” ao afirmar que os nobres lutavam contra eles, apresentando a tradução da palavra: “Na sociedade medieval, os infiéis eram comunidades ou povos que não eram cristãos.” (PANAZZO; VAZ, 2009, p. 53) Não somente os não cristãos eram marginalizados na sociedade, mas também por exemplo, os mendicantes, os leprosos e os andarilhos empobrecidos (LE GOFF, 2005, p. 13). Assim, o pensamento da época condenava quem não pertencesse a nobreza, ao clero ou a classe servil. Portanto, não significa que os chamados “infiéis” eram menos importantes, mas eram os excluídos, os desvirtuados da vontade divina (DUBY, 1982, p. 16). Dessa maneira, o livro didático poderia ter incluído em seu discurso os sujeitos marginalizados ao trabalhar com a constituição da sociedade feudal, bem como proporcionado uma reflexão do contexto e do pensamento da sociedade estudada para fazer com que os alunos entendessem os motivos que levavam tais indivíduos serem considerados inferiores.

Ao trabalhar com os problemas sociais recorrentes da crise feudal, as autoras trazem os diversos fatores que ocorreram na sociedade europeia, levando em consideração a diferença social ao ressaltar que a fome por exemplo, atingiu principalmente a população mais humilde e a ação dos sujeitos, como ao citar as revoltas camponesas e o desencadeamento de diversos problemas:

“Muitos servos começaram a se rebelar contra a miséria e a exploração às quais estavam submetidos nos domínios senhoriais. Usando os instrumentos de trabalhado como armas, muitos deles começaram a invadir, saquear e destruir os castelos. [...] Vários nobres, assustados com as revoltas camponesas, diminuíram os impostos; outros aboliram a servidão em suas terras e passaram a empregar mão de obra paga em dinheiro (PANAZZO; VAZ, 2009, p. 76).”

Neste trecho, a ação dos servos e dos nobres são percebidas, bem como a influências destes no processo de transformação da sociedade. Ao tratar da peste negra, as autoras abordam a discriminação dos leprosos, dos judeus e dos estrangeiros, relacionada a acusação da propagação da doença a eles, o que pode fazer com que os alunos percebam o preconceito e a forma de pensamento da época.

O livro didático Navegando pela História, portanto, de maneira geral, apresenta um discurso que não desconstrói ou discute sobre os estereótipos do período e não dialoga com os alunos em nenhum momento, se apresentando como uma imposição, sendo informativo em relação ao conteúdo trabalhado, não permitindo a articulação do aluno enquanto sujeito do processo de aprendizagem. Em relação aos sujeitos históricos, o discurso em grande parte acaba por generalizá-los, abordando pouco as formas de resistência. A ideia de passividade entre os servos durante o auge do feudalismo prevalece. Não há a exaltação de heróis, porém, embora o livro seja abrangente em relação aos aspectos de organização social e mudanças econômicas, em alguns momentos os acontecimentos políticos acabam por prevalecer, como é o caso do primeiro capítulo, onde há a preocupação em destacar os governantes.

Cabe ao professor, sendo mediador do conhecimento em sala de aula, fazer intervenções com o uso do livro didático, que não é a única fonte que pode ser utilizada nas aulas de História. Não há como existir um livro didático ideal para cada contexto escolar, pois estes materiais são variáveis conforme sua produção e abordagens, mas, fazendo parte da vida escolar dos estudantes da rede pública de ensino do país, este material deve ao menos estar atualizado e possibilitar a ideia de construção da História e, como percebido em relação à Idade Média, deve problematizar mais os aspectos de tal abordagem, o que já foi muito debatido na historiografia.

Referências
Mariana de Sá Gaspar é acadêmicado terceiro ano do curso de História-Licenciatura da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), e pesquisadora voluntária do Programa Institucional de Iniciação Científica (Proic) pela mesma universidade, sob a orientação da Profª. Drª. Maria Paula Costa.

BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Materiais didáticos concepções e usosin ____.  Ensino de História: fundamentos e métodos. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2008. p. 295 – 321.

Brasil. Ministério da Educação. Guia de livros didáticos PNLD 2008 : História.  Ministério da Educação. Brasília: MEC, 2007.

CAIMI, Flávia Eloisa. O livro didático no contexto de transição dos paradigmas da históriain CAIMI, Flávia Eloisa. O livro didático e o currículo de história em transição. 2ª ed. Passo Fundo: UPF, 2002. p. 76 -83.

DUBY, Georges. As três ordens ou o imaginário do Feudalismo. Tradução de Maria Helena Costa Dias. 1ª ed. Lisboa: Editorial Estampa, 1982.

GARCIA, Tânia Maria F. Braga. Os livros didáticos na sala de aulain GARCIA, Tânia Maria F. Braga, SCHMIDT, Maria Auxiliadora Schmidt, VALLS, Rafael (orgs.). Didática, história e manuais escolares: contextos ibero-americano. Ijiú: Ed. Unijiuí, 2013. p. 69 – 102.

LE GOFF, Jacques. A civilização do Ocidente Medieval. Tradução de José Rivair de Macedo. Bauru, SP: Eduse, 2005.

OLIVEIRA, Nucia Alexandra Silvia de. O estudo da Idade Média em livros didáticos e suas implicações no ensino de História. Cadernos de Aplicação, Porto Alegre, v. 23, n. 1, jan./jun. 2010.

PANAZZO, Silvia.; VAZ, Maria Luísa. Navegando pela História: 7º ano. Ed.: Quinteto Editorial: São Paulo, 2009.

PEREIRA, Nilton Mullet. Representações da Idade Média no Livro Didático. ANPUH XXIV Simpósio de História, 2007.

ROUCHE, Michel. Alta Idade Média Ocidental in VEYNE, Paul (org.). História da vida privada: do Império Romano ao ano mil. Tradução de HildegardFeist. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 432-436.

SILVA, Edlene. Livros didáticos e o ensino de História: a Idade Média nos manuais escolares do ensino fundamental. História & Ensino, Londrina, v. 17, n. 1, p. 07-31, jan. /jun. 2011.

3 comentários:

  1. Olá, Mariana. Parabéns pelo artigo!
    Em relação ao período medieval ocidental, é latente os descompassos entre os saberes acadêmicos e os escolares. Em geral, nos livros didáticos, o medievo não é problematizado e desconstruído, perpetuando e enraizando estereótipos negativos, simplistas e generalizantes ao período. Entretanto, haja vista as particularidades da formação docente e a elevada carga horária de professores brasileiros de diversas regiões, o livro didático torna-se um material de referência muito utilizado para preparação de aulas, atividades e consultas. Assim, quais outros materiais/recursos de aprendizagem o docente deve utilizar nas aulas de História e como trabalhar e/ou propor reflexões aos discentes sobre a Idade Média Ocidental com os livros didáticos desatualizados? Obrigada.

    Taís Cristina Melero.

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  2. Parabéns pelo texto. De fato a idade média é bastante aborodada nos livros didáticos. Saindo de uma abosdagem positivista os livros didáticos estão cada vez mais voltados para a cultura e saindo um pouco daquela famosa cronologia que data tudo. Os estudantes há tem mais facilidade de relacionar contextos de período de divergentes com essa votação abordagem. A idade média foi riquíssima para a ciência principalmente. Minha pergunta é qual seu ponto de vista emesmo relação às aboreagens "pejorativas" ex: a idade das trevas e a outra período em que o homem era "subordinado" ao pensamento

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  3. Olá, ótimo texto. De fato a idade média é vista de forma pejorativa e com a abordagem positiva a aprendizagem dos estudantes ficam meio que limitadas. Saindo dessa abordagem positivista há mais amplicidade. Lembrem os que a idade média é riquíssima e quanto contribuiu para nossos dias atuais principalmente na área da ciência e da arte. Minha pergunta é : qual sua opinião em relação às abordagens "pejorativas" que os livros didáticos podem passar aos estudantes? Qual a relação dessas abordagens limitadas com a riqueza no sentido de conhecimento que este período pode oferecer?
    Carolina Lima Costa

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