Gabriel Covalchuk e Everton Crema


DOCENTE DIDÁTICO, NÃO O SUPRASSUMO DA TECNOLOGIA

Introdução
Esse texto busca mostrar e debater alguns dados obtidos pelo projeto Linguagens e Tecnologias no ensino de História, financiado pela Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico, vinculado ao projeto Linguagens e Tecnologias no Ensino de História, desenvolvido pelo LAPHIS (Laboratório de Aprendizado em História). O projeto se desenvolve articulado ao Programa de Iniciação Científica – PIC – UNESPAR – União da Vitória.É de fácil percepção que o conhecimento acadêmico está distante da sala de aula, ainda mais em relação a metodologias e didáticas no ensino de história, sendo esse distanciamento um empecilho na relação de aprendizagem, buscamos nesse projeto fracionar essa transposição do conhecimento histórico;realizando esse feito através das linguagens e tecnologias.

Projeto
Uma das etapas do projeto era entrevistar os professores (as) de história dos 15 colégios do município de União da Vitória ligados ao NRE - UVA (Núcleo Regional de Educação de União da Vitória), com convenio assinado pela SEED (Secretaria de Estado da Educação). As perguntas foram divididas em blocos, (linguagens, tecnologias, livro didático, pontos positivos e negativos) somando 21 ao todo.

A minha parte de análise se voltará mais para as linguagens, lógico que não há como fugir das tecnologias, visto que uma está ligada a outra, porém meu papel dentro do projeto é focar na primeira, a linguagem.

Os dados que serão obtidos, não buscam um conhecimento voltado apenas para a academia, mas também para o docente que vai estar ou está atuando em sala de aula. Para deixar mais detalhado e situar o leitor no mesmo, vou apresentar alguns ponto em que ele visa:
 
 
Publicizar e compartilhar as informações obtidas com os professores e alunos participantes, bem como disponibilizar resultados ao Núcleo Regional de Educação – União da Vitória.
 
Desenvolver a pesquisa acadêmica na área de Ensino e Aprendizagem, fundamental, dentro de uma licenciatura.
 
Obter dados, informações relevantes para a fundamentação de pesquisa em ensino e aprendizagem junto ao LAPHIS – Laboratório de Aprendizagem em História – UNESPAR – Campus – União da Vitória.
 
Contribuir de forma significativa para o desenvolvimento e fomento da pesquisa durante a licenciatura e a melhora do processo de aprendizagem histórica a partir de uma metodologia de ensino do conhecimento histórico.
 
Publicar os resultados do projeto de iniciação científica em artigos científicos e apresentação de trabalhos que divulguem as realizações e contribuições da pesquisa.
 
Oferecer em parceria com o NRE- UVA curso de formação na área de linguagem e ensino de história, contribuindo para a melhora do ensino de história em nossas escolas.
 
Publicar um eBOOk, com artigos nas áreas de linguagens e tecnologias para o ensino de história, em parceria com o Núcleo Regional de Educação de União da Vitória, dando visibilidade aos projetos de iniciação cientifica e também oferecer aos professores da educação básica material bibliográfico específico e de referência”. (CREMA. ESTACHESKI, 2017, p. 3-4.)


Linguagens é a mesma coisa que tecnologias?
Analisando as entrevistas dos professores (as) é de fácil percepção a dificuldade de responder a questão do uso de linguagens, na maioria das vezes, sempre tendem para a área das tecnologias. Quando questionados‘quais as dificuldades e problemas que você encontra na utilização de linguagens de ensino variada com seus alunos’, as respostas de alguns professores (as) são:

“Não... tem, é aquela questão que falei anteriormente, eu acabo pensando em comprar eu mesma um data show, tem aquele pequenininho, mas de dia ele não... a imagem é fraquinha, então é mais coisa para você carregar e tem sim essas dificuldade, você corre lá. No outro colégio por exemplo, vai instalar o data show, precisa da caixinha de som corre lá, não tem, o outro professora está usando, ficou sem som ai já foi sua aula, elas são minhas principais dificuldades”. (Entrevista 1, 2017)

“Dificuldade que nos temos aqui, é realmente por causo das mídias que nós não temos acesso, essa é a maior dificuldade”. (Entrevista 4, 2017)

Percebemos que a pergunta era dificuldade nas linguagens e não nas tecnologias, enquanto uma é, como eu vou trabalhar certo tema, a outra está no recurso necessário para trabalhar, por exemplo, irei abordar o que acontecia quando uma criança deficiente nascia em Esparta (antiguidade) posso utilizar o recorte de um filme, ‘300’ (possui inúmeros erros, mas o início da para entender o contexto de época); para realizar essa ação vou necessitar da TV Pen Drive, ou do data show, ou seja utilizarei como linguagem o cinema (filmes) e como tecnologias a TV ou o data show.

Podemos pegar esse ‘gancho’ para debater a infraestrutura do colégio que apresenta um grande déficit, sabemos que as tecnologias fazem parte da vida do aluno, para desenvolver uma aula que realmente atrai a atenção do discente é importante o usa da mesma,mas como foi a fala de alguns do professores (as)essa parte é totalmente deficitária, no caso do data show apresenta-se falas como essa:

“... aqui no Tulio você tem uma demanda boa, razoável eu diria, mas eu outros colégios que eu trabalhei era só um, então se você tem ensino médio e fundamental, tem 10 turmas, se os professores escolherem em uma semana trabalhar, vai ser uma disputa muito grande nessa questão, vai ser extremamente insuficiente”. (Entrevista 2, 2017)

“O que eu mais utilizo é o data show, até uma briga aqui com a professora (risos), pois não tem para todos”. (Entrevista 8, 2017)

“o data show é a mesma coisa, você tem que agendar, aí até você instalar, eu tenho os pequenos, eu trabalho com o fundamental, aqui no colégio, até você conseguir organizar e instalar, a aula foi e a sala virou aquela bagunça, para funcionar é um sonho, que tivesse um data show instaladinho  em cada sala que você vai, que facilita toda a vida”. (Entrevista 4, 2017)

Essa dificuldade faz parte da realidade do professor da rede pública, esse problema ocorre também no caso de várias tecnologias e também a internet que é recurso importantíssimo e pode ser usado tanto como linguagem como tecnologia. O ano passado o estado aprovou o RCO - registro de classe online, o que fica totalmente dependente do usa da internet, um grupo de professores (as) de determinado colégio teve que dividir o custode seu uso, visto que o professor (a) está levando trabalho para casa, pois em alguns colégios muitas vezes não tem internet; na hora atividade (que foi reduzida) não conseguem colocar tudo no sistema, fora quando ele fica inacessível faltando passar uma falta, presença ou o conteúdo programático e acaba perdendo tudo o que foi lançado.

Linguagens de ensino
Apesar da quase absoluta porcentagem dos professores(as) reclamarem das tecnologias, poucas conseguiram abordar as linguagens, como musica, imagens, cinema, literatura. No meio docente parece que ocorre uma preferencia sobre qual método utilizarei para o ensino, quando perguntado sobre as linguagens em sala de aula, a maioria dos professores (as) falaram que sua preferenciaestá no uso da música, e quando questionado em especifico como a professora ou o professor trabalhava a mesma, a resposta foi:

“Primeiro eu faço eles ouvirem a música, gosto de entregar uma cópia para eles, para eles irem acompanhando a letra, por que nem sempre quando você ouve, você entende e daí eles leem; escutam a música e daí eu vou debater a música, o que que o cantor ou o autor da letra quis dizer com isso, a gente debate a música e escuta de novo, para essa música ficar bem gravada...Por exemplo, se eu for trabalhar a ditadura militar, Chico Buarque, Cálice, sapato 36 do Raul Seixas, e é interessante que quando escuta a música eles associam ao sapato mesmo, ao calçado que está apertado no final que desperta aquele ‘aaaaaaaaaaaaaaaaaa’ era isso, então da década de 60 de 70 até a década de 80 nós temos uma gama muito grande, pouco antes já fica mais difícil, mas ditadura militar se você não trabalhar uma música você não trabalhou legal”. (Entrevista 3, 2017)

Repare a importância que a professora ou o professor dá ao trabalhar música em sala de aula relacionado ao tema ditadura militar, o problema é não ficarmos presos apenas no uso tecnológico, afinal de contas a realidade da escola não é ‘as mil maravilhas’ e o/a docente deve estar preparado para enfrentar a mesma. Para ouvir a música é necessário um radio, Tv, notebook, celular, entre alguns aparelhos semelhantes, mas podemos também imprimir a letra e trabalhar a letra, passar a mesma no quadro, não precisamos ficar presos apenas nesse meio tecnológico inovador e digital.

Valorização extrema da tecnologia
Hoje em dia ocorreu a super valorização das tecnologias, a maioria dos docentes acabam pensando que sem o uso da mesma a aula fica sem sentido, não chama a atenção, não cativa o aluno e o resultado da aprendizagem diminui. Realmente as tecnologias estão para atrair ainda mais a atenção do aluno, mas não para tomar conta de todas nossas aulas, devemos ser didáticos e não o ‘suprassumo’ tecnológico, podemos ver isso na citação de Leandro Karnal:

“Há algumas décadas houve um equívoco expressivo na modernização do ensino. Julgou-se que era necessário introduzir máquinas para ter uma aula dinâmica. Multiplicaram-se os retroprojetores, os projetores de slides e, posteriormente, os filmes em sala de aula [...]. Que seja dito e repetido a exaustão: uma aula pode ser extremamente conservadora e ultrapassada contando todos os mais modernos meios audiovisuais. Uma aula pode ser muito dinâmica e inovadora utilizando giz, professor e aluno. Em outras palavras, podemos utilizar meios novos, mas é a própria concepção de história que deve ser repensada.” (KARNAL, 2009, p. 9)

Não estou dizendo que não devemos utilizar tecnologias analisando a citação do Karnal, pelo contrário, como disse é de suma importância usá-las, já que fazem parte do cotidiano do aluno, porém não devemos achar que o elas fazem com que a aula seja de grande aprendizagem sozinha, alguns professores (as) acabam passando filmes completos, sendo que geralmente só precisa de um recorte de 5 minutos, (muitas da vezes não tem preparo para realizar tal feito, visto que o estado não oferece capacitação na área, apenas alguns que fazem parte do projeto Conectados); outros utilizam sempre o slide, afirmando que o livro didático é ultrapassado e na realidade é apenas o mesmo transposto em uma imagem reproduzida no projetor.

A aula pode sim ser dinâmica e inovadora utilizando o livro didático, quadro e giz, o que precisamos é fazer com que o aluno entenda que o tema em estudo faz parte da sua realidade, o discente deve se ver como um sujeito histórico e não apenas um visualizador de filmes, imagens, mapas, slides, etc.Conforme diz o professor (a):

“Eu acho que a tecnologia é muito importante, mas eu acho que acima de tudo olhar as crianças da gente com amor, com respeito, sempre ensinar isso pra ele as questões dos valores morais é fundamental”. (Entrevista 9, 2017)

O professor (a) deve entender fazer o uso de filmes, imagens, músicas, fotografia, pintura, e tantas outras, mas aproximando o aluno com o seu cotidiano, fazendo que a história distante esteja cada vez mais perto. “O
importante é conseguir a ‘renovação’ e mesmo o ‘interesse’ dos
estudantes, articulando para isso uma visão igualmente renovada do
ensino de História” (OLIVEIRA, 2012, p.268).

Referências
Gabriel I. Covalchuké acadêmico do 4º ano do Curso de Licenciatura em História da UNESPAR, Campus de União da Vitória-PR e Bolsista de Iniciação Científica da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico, vinculado ao projeto Linguagens e Tecnologias no Ensino de História, desenvolvido pelo LAPHIS sob orientação da professora Dulceli Estacheski e do professor Everton Crema.
 Everton Carlos Crema. Professor Assistente da Universidade Estadual do Paraná – UNESPAR – campus – União da Vitória – Fundador do LAPHIS – Laboratório de Aprendizagem Histórica – doutorando pelo Programa de Pôs Graduação em Educação- UFPR – Educação Histórica, sob orientação de Maria Auxiliadora Schmidt.

KARNAL, L. Introdução. In:____.(Org). História na sala de aula. Conceitos, práticas e proposta. São Paulo: Contexto, 2009.

OLIVEIRA, Nucia Alexandra Silva de. “Novas” e “Diferentes” Linguagens e o ensino de história: construindo significados para a formação de professores. EntreVer, Florianópolis, v.2, n2, p. 262-277, jan./jun. 2012.

CREMA, Everton C. ESTACHESKI, Dulceli de Lourdes Tonet. Projeto de Pesquisa: Pesquisa e avaliação do uso das Linguagens e tecnologias no ensino de História na sala de aula. Edital 17/2016 – PRPPG/Unespar – PIC 2017-2018

CREMA, Everton C. ESTACHESKI, Dulceli de Lourdes Tonet. Pesquisa e avaliação do uso das Linguagens no ensino de História na sala de aula. EDITAL 011/2017 – PRPPG/Unespar – PIC 2017 -2018.



15 comentários:

  1. Olá. Caros comunicadores, sem dúvida as nossas aulas de história devem ter um aparato que nos auxilie na optimização seja por meio das tecnologias ou uso de outras metodologias de ensino. Porem gostaria de saber se nas pesquisas realizadas , algum professor mencionou o trabalho com livro, quadro, e aulas expositivas com oficinas e debates apenas , se sim , qual foi a resposta dele e como os alunos reagem a essa aula de historia? Sabemos que por vez os professores tem cerca de 10 , ou ate mais turmas como o citado, e que nem sempre ou por imprevistos mesmo como o que foi colocado aqui a questão de solicitar previamente o data show etc, alguns professores fazem pouco uso desses recursos ou quando conseguem , como por exemplo do filme eles passam o filme todo, portanto, das entrevistas feitas , gostaria de saber se algum professor , trabalha somente o livro, e o quadro e as aulas expositivas e qual tem sido o resultado dos alunos , isto é , eles respondem positivamente a esse método ou não?

    Desde já agradeço, parabéns a pesquisas
    Att, Eliandra gleyce dos passos Rodrigues

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    1. Olá Eliandra, agradecemos pela parabenização e também pela pergunta. Uma professora que da aula no CEEBJA (ensino de Jovens e Adultos) disse que utiliza praticamente em sua totalidade de aulas o livro didático, no entanto ela afirma que a maioria dos alunos não sentem-se atraídos pela matéria. A maioria dos professores (as) alegaram que usam o livro como ferramenta de consulta para o discente em casa, e que preferem trabalhar com vídeos, slides e imagens passando na TV pen drive.
      Com base em toda a pesquisa percebemos que as tecnologias realmente fazem com que os alunos se interessem mais pelo conteúdo, no entanto todo dia slides torna maçante, todo dia recortes de vídeos a aula fica chata, é necessário saber como utilizar as linguagens e tecnologias de forma eficiente e eficaz.

      Esperto ter respondido, qualquer coisa estou a disposição. Abraços.

      Att Gabriel Covalchuk.

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  3. Boa noite caros autores. As reflexões discorridas são pertinentes, atuais e, infelizmente, apenas corroboram o que outras pesquisas e reflexões apontam, a saber: "os instrumentos didáticos como ditadores do fazer pedagógico". No caso de vocês, foi a "tecnologia" (digital). A partir dessa pesquisa realizada pelos autores, gostaríamos de indagar acerca das conclusões a que chegaram: "para os autores, qual o papel das tecnologias, esta entendida como instrumento didático (retroprojetor, notebook, computador, livros didáticos, giz e quadro negro...), na relação educativa professor-aluno? Ela é central no processo de , ensino-aprendizagem? se sim, porquê? caso não, o que a torna não necessária?
    Jander Fernandes Martins; Vitória Duarte Wingert

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    1. Boa noite Jander e Vitória. O papel das tecnologias não é apenas a aula mais dinâmica, isso e a 'possibilidade da escola possibilitar', em alguma medida a inserção de estudantes no acesso à determinadas tecnologias, pois é preciso compreender que o viver em um mundo tecnológico intensifica exclusões. Não é central e nem deve ser compreendida como 'salvadora' do ensino. A centralidade deve ser a aprendizagem histórica, as tecnologias podem ser caminhos para esse fim, não únicos.

      Att Gabriel.

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  4. Olá comunicadores, achei que as reflexões trazidas para a discussão do ensino serão de grande valia, e gostaria de perguntar. nos dias de hoje a relação que os novos alunos tem com a tecnologia digital é bastante íntima. Para os autores, o uso da tecnologia pelos alunos (como smartphones, e tablets) pode permitir uma discussão mais dinâmica nas salas de aula, ou a relação professor-aluno seria comprometida por esse processo?
    Desde já muito obrigado, e parabéns pelo trabalho feito
    Vinícius Belasco Rafaeli

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    1. Olá Vinicius, fico muito agradecido pela felicitação e pela pergunta. Pode sim permitir uma discussão mais dinâmica em sala de aula, essa relação só é comprometida quando os alunos perdem o foco do ensino usando seus smartphones, tablets, nots para conteúdos paralelos.
      As tecnologias fazem parte do cotidiano do discente, o professor deve usar isso ao seu favor e não criminalizando.

      Abraços Vinicius, espero ter respondido, qualquer dúvida estou a disposição.
      Att Gabriel

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  5. Olá, Gabriel e Everton, de já quero registrar que o seu trabalho é inovador, pois busca publicar um e-book, Parabéns! Bem, sobre o exposto ficaram algumas dúvidas, por exemplo: em seu questionário foi verificado a idade do professor? Tempo de formado? Quais foram os recursos que o professor teve acesso durante a graduação? Se sim você acredita que tais questões poderiam interferir no uso das linguagens e dos recursos utilizados em sala de aula? Outro ponto: Você diz que a pesquisa foi realizada em 15 colégios do município de União da Vitória ligados ao NRE - UVA (Núcleo Regional de Educação de União da Vitória), com convênio assinado pela SEED (Secretaria de Estado da Educação), porém não evidencia se são escolas da rede pública ou particular. Gostaria de saber se a pesquisa foi realizada nesses dois espaços da educação formal e se foram encontrados resultados divergentes? Sugestão: Acredito que você pode oferecer junto à prefeitura ou acrescentar no e-book um tipo de curso, oficina ou dicas que visem a utilização de outras linguagens e outros recursos, inclusive com orientações práticas.
    Cordialmente,
    Gianne Carline Macedo Duarte Ferreira.

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    1. Olá Gianne, agradeço pela felicitação, por ter lido o texto e pela pergunta. Foi verificado o tempo de formação, atuação e onde foi graduado, a idade ficava notória quando estávamos entrevistando, a sinceridade dos professores (as) era admirável, muitos deles falaram que não sabem utilizar equipamentos tecnológicos devido a não ter acesso a eles durante a graduação, ao estado não ofertar cursos e a idade não ajudar, isso tem total interferência na vida do professor (as), como utilizar aquilo que não foi preparado, não adianta ter o melhor docente e não ter equipamentos, e também não adianta ter os melhores e mais tecnológicos aparelhos se não tem docentes capacitados para usufrui-los.
      Sempre que os colégios são ligados a Núcleos Regionais e na SEED eles são públicas, mas me policiarei na próxima, agradeço pela percepção, a pesquisa foi aplicado apenas na rede pública de ensino.
      Na questão do E-book vamos tentar em parceria com o NRE oferecer cursos de capacitação sim, com certificados e tudo mais, isso será umas das ultimas etapas do projeto.

      Gianne agradeço pela contribuição, espero ter respondido e sanado as dúvidas, qualquer coisa estou a disposição, abraços.

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  6. Boa reflexão.

    Mas, qual seria a medida do uso da tecnologia na sala de aula? Tem como fugir dela?

    Att

    Cleberson Vieira de Araújo

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    1. Obrigado Cleberson, fugir dela não tem, mas ela não pode ser o centro e o total da sua aula, tem a necessidade de saber intercalar os conteúdos e como utilizar eficazmente as linguagens e tecnologias, pois toda aula vídeo ou slides é a mesma coisa que usar o quadro e giz todos os dias, é trocar seis por meia duzia.
      A medida depende de como a turma relaciona-se com o proposto, é levar a tecnologia e fazer a auto avaliação de ensino, sabendo utilizar a linguagem correta também.

      Não sei se ficou muito claro Cleberson, mas qualquer dúvida estou a disposição, abraços.

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  7. Olá, comunicadores. Tudo bem?

    Em uma das citações da comunicação de vocês, Leandro Karnal destaca, “podemos utilizar meios novos, mas é a própria concepção de história que deve ser repensada”. Partindo do pressuposto de que o ensino escolar dessa disciplina também é orientado pela concepção de cada docente sobre o que é “história” e sua função para vida prática dos alunos. Pontos diretamente ligados aos recursos que se utiliza em sala de aula e os impactos esperados com eles. Pergunto, é perceptível algum tipo de reflexão docente no sentido de repensar a concepção de história que embasa o uso de determinada tecnologia ou linguagem?

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    1. Olá Eder, tudo bem sim e com você? Creio que deve ser perceptível uma reflexão em uma concepção de História voltada para o ensino, pois a tecnologia não reproduz nada sozinha, e ele está a disposição do professor. A concepção que Karnal aborda no seu texto é que não importa as linguagens ou tecnologias utilizadas, mas a concepção de história que é escrita para 'pares' deve ter uma metodologia para o ensino, ou seja, tecnologia e linguagens são estratégias do professor.
      Não se consegui responder sua questão, mas qualquer dúvida estou a disposição.

      Att Gabriel.

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