Anna Luiza Pereira

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: O CEMITÉRIO COMO ESPAÇO DE APRENDIZAGEM HISTÓRICA

A educação patrimonial no Brasil é ainda um campo em crescimento, que tem como objetivo fortalecer as relações da população com os patrimônios culturais, procurando despertar o interesse nas práticas preservacionistas e a curiosidade aliada ao conhecimento, afinal, os patrimônios envolvem questões como memória, História e identidade.

Sabendo a partir dos conhecimentos de Halbwachs que a memória além de individual também é um fenômeno coletivo e social, ou seja, é algo que se constrói e que pode-se alterar ao longo do tempo, Pollak (1992, p. 204) trabalha com o sentimento de identidade como algo relacionado à memória, de forma que “a construção da identidade é um fenômeno que se produz em referência aos critérios de aceitabilidade, de admissibilidade, de credibilidade, e que se faz por meio da negociação direta com outros”. Portanto, a memória coletiva nacional acaba sendo alvo de disputas no sentido de que há a preocupação no que será guardado. Considerando-se isto, “a memória, na qual cresce a história, que por sua vez a alimenta, procura salvar o passado para servir ao presente e ao futuro”, por isso, em relação a memória coletiva deve-se ter o cuidado para que esta ofereça libertação para as pessoas e não o contrário. (LE GOFF, 2003, p. 471). Finalmente, ainda pensando sobre os aspectos que envolvem a memória, esta não conta apenas com acontecimentos, mas também pessoas e lugares.

“Na memória mais pública, nos aspectos mais públicos da pessoa, pode haver lugares de apoio da memória, que são os lugares de comemoração. Os monumentos aos mortos, por exemplo, podem servir de base a uma relembrança de um período que a pessoa viveu por ela mesma, ou de um período vivido por tabela.” (POLLAK,1992, p.202)

Como afirma Pierre Nora (1993, p. 13), a modernidade estimulou a rapidez no andamento da vida das pessoas, deixando propício que muitas das tradições, antes hábitos cotidianos, sofressem o processo de esquecimento, fazendo assim, com que as pessoas criassem “lugares de memória” com intuito de preservá-las, eles “nascem e vivem do sentimento que não há memória espontânea, que é preciso criar arquivos, que é preciso manter aniversários, organizar celebrações, pronunciar elogios fúnebres, porque essas operações não são naturais”.

“A conexão entre as memórias individuais e coletivas levam à construção de uma identidade nacional. Dessa forma, possibilitam o estabelecimento de um passado comum da sociedade quando finalmente esta consegue eleger seus espaços de memória onde se reconhecem. Trabalhar com a noção da memória – individual ou coletiva – e a conexão estabelecida durante uma visita ao espaço musealizado, contribui para a reconstrução da história social daquele espaço.” (NOGUEIRA, 2013, p.113)

Assim, ocorrem muitos debates em torno dos patrimônios, já que para caracterizar como patrimônio individual necessita apenas que nós o façamos, enquanto o coletivo “é sempre algo mais distante, pois é definido e determinado por outras pessoas, mesmo quando essa coletividade nos é próxima”. (FUNARI; PELEGRINI, 2009, p.9). Assim, a importância de determinados patrimônios é relativa e a atribuição de um maior significado pode ser desde individual, local e até mesmo mundial, e sua preservação é uma forma importante de conhecimento de si próprio e das outras pessoas. É fundamental relembrar que “os valores sociais mudam com o tempo. Por tudo isso, convêm analisar como o patrimônio foi visto ao longo dos tempos e dos grupos sociais”(FUNARI; PELEGRINI, 2009, p.10).

Nesse sentido, a educação patrimonial é indispensável, pois ela é um “instrumento de “alfabetização cultural” que possibilita o indivíduo fazer a leitura do mundo que o rodeia, levando-o a compreensão do universo sociocultural e da trajetória histórica-temporal em que está inserido”, além de envolver a autoestima e o reconhecimento da diversidade cultural brasileira (HORTA; GRUNBERG; MONTEIRO, 1999, p.6).

Educação patrimonial nos cemitérios
Recorrentemente, de filmes à literatura de horror, de vampiros aos famosos zumbis,a escuridão e o temeroso cemitério são cenários comuns. Para muitos, este último é local de silêncio, de medo, de fantasmas e de todo tipo de assombração, não faltam referências deste tipo aele, em meio aos ditados populares e lendas urbanas, como’A flor do Cemitério’.

Nas várias versões que compõem a lenda, um ponto em comum e crucial é o indivíduo que se engana ao pensar que, ao trazer algum pertence dos defuntos localizados no cemitério, não haveria mal algum. Porém, tal ato acaba por interromper o repouso do dono, que buscaria sua vingança até a devolução do objeto roubado, no caso, uma flor.

Inúmeras são as fontes que dão para o historiador acesso ao medo dos cemitérios, como é o caso das lendas e dos contos, que evidenciam seu contexto histórico e que também são amados por adolescentes e crianças. Nesse sentido, historicamente construído, o medo muda de lugar para lugar, de tempos em tempos, de cultura para cultura, “dos povos ditos “primitivos” às sociedades contemporâneas, encontra-o quase a cada passo- e nos setores mais diversos da existência cotidiana.” (DELUMEAU, 1989, p.21)

A respeito dos cemitérios, é necessário lembrar que “essas construções espelham não só a relação com a morte, mas também a relação com a sociedade da qual os indivíduos provêm, e servem dois grupos essenciais de utilizadores: os vivos e os mortos”(STEWART, 2004, p. 33). Assim, embora seja um espaço que muitas vezes desperte pavor nas pessoas, ele também é importante para trabalhos voltados à educação patrimonial, história local, memória, diversidade religiosa e várias outras temáticas ligadas à disciplina de História, entre outras. Além disso, levar os estudantes a museus, praças e outros locais da sua cidade poderá facilitar a compreensão por parte dos alunos tornando a aula mais divertida e interessante.

“O ensino da história local, quando bem elaborado, possibilita uma série de vantagens para o processo ensino-aprendizagem e para o aprimoramento das noções de cidadania. Três destas vantagens são aqui refletidas: a aproximação do aluno com a disciplina ‘História’ que passa a ter um sentido para ele; a conscientização sobre a preservação do patrimônio histórico e cultural das cidades e o fortalecimento dos sentimentos de pertença à comunidade e de auto-estima do aluno.”(ESTACHESKI, 2008, p.11)

Educar o olhar é fundamental, sendo importante que os alunos aprendam a distinguir os diferentes tipos de patrimônios. Sabendo-se que “(...) o patrimônio cultural brasileiro é formado por todos os meios de expressão, materiais ou imateriais, consistindo na memória da sociedade, incluindo-se os documentos” (MERLO; KONRAD,2015, p.31), nesse sentido,para o professor Hugues de Varine-Boham (In: LEMOS, 1981, p. 7-10), o patrimônio cultural deve ser dividido em três categorias de elementos, o primeiro foca-se no meio ambiente, nos recursos naturais; o segundo, que é imaterial, diz respeito a sabedorias etécnicas, como por exemplo, “saber construir, tecer o pano da coberta de cama, divertir-se com o jogo de cartas, rezar à Santa Bárbara em noite de temporal (...)”; por fim, o terceiro grupo é bastante variado, são “objetos, artefatos e construções obtidas a partir do meio ambiente e do saber fazer”. Será importante identificar os aspectos relativos ao nosso objeto de estudo, o tão temido cemitério.

Como afirma Philippe Àries (2017, p.74-75), o cemitério como o conhecemos hoje tem sua origem no século XVIII, em que a periculosidade dos cadáveres é reconhecida, fazendo com que os enterros nas igrejas e em seu entorno, praticados desde a Idade Média, não fossem vistos com bons olhos. Dessa forma, criaram-se os cemitérios modernos, em que o defunto tem então sua morada exclusiva, de maneira que “a concessão da sepultura tornou-se uma certa forma de propriedade, subtraída ao comércio mas com perpetuidade assegurada. Foi uma grande inovação”, embora muitas pessoas ainda se opusessem a essa ideia por razões econômicas e/ou de costumes. Nessa mesma época, começa-se a visitação com frequência aos entes-queridos já falecidos e enterrados nos cemitérios.

No século XIX, os arquitetos também tinham um grande cuidado para construir os cemitérios, que ao receber visitas frequentes, deveriam ter uma estrutura bem desenhada. Com monumentos funerários e elementos paisagísticos, o cemitério parisiense Pére Lachaise “foi sem dúvida pioneiro deste conceito de cemitério-jardim”.

“Por todo o mundo, a partir da década de 1830, a maior parte das sociedades ocidentalizadas assistiu ao desenvolvimento dos cemitérios, geralmente segundo o modelo francês. O discurso associado à criação da maior parte destes locais demarca-os quer dos espartanos terrenos de enterro do século XVIII, quer dos locais de enterro nos recintos das igrejas: estão associados à urbanidade, à sofisticação e à necessidade de expressão de sentimentos nobres.” (RUGG, 2004, p.98)

Lembrando que as atitudes perante a morte no século XIX no Brasil e no mundo são diferentes das nossas na atualidade, a implantação de leis e revoltas contra os novos cemitérios aconteceram em prol do sentimento em relação ao falecido (como a “Cemiterada” em 1836, na Bahia). Os de maior inspiração no modelo francês foram os médicos, que “(...) pretendiam ver aqui repetidas as soluções européias para o problema dos enterros nas igrejas” (REIS,1991, p.248).

Importante para a população, constatamos que o cemitério pode ser assemelhado a uma cidade, onde percebe-se que nele encontram-se várias realidades. Os monumentos, a localidade, têm muito a revelar sobre as classes sociais presentes, os grandes nomes e sobrenomes conhecidos pela cidade, sobre a fé da população, entre outros. Assim, retomando, o cemitério é um patrimônio cultural, um espaço de memória, em que podemos identificar bens materiais e também imateriais.

Portanto, no quesito bens materiais do cemitério, o meio em que seele se encontra é algo que deve ser observado, já que pode estar tanto no urbano ou ambiente,junto a um núcleo histórico da cidade, entre outros. Também a manutenção da natureza ao redor e do cuidado da arquitetura cemiterial são aspectos importantes, como afirmam Carrasco e Nappi (2009, p.49-50).

“Quanto ao valor histórico, considera-se que é nesses espaços que repousam os restos mortais de pessoas, ilustres ou não, que contribuíram de alguma forma para a história da humanidade. São espaços de memória, onde as lápides registram dados importantes para a história – datas, nomes, epitáfios. [...] A história da arquitetura local pode ser estudada no cemitério tradicional, uma vez que os padrões estéticos, materiais e técnicos da arquitetura da cidade são reproduzidos na arquitetura tumular.” (CARRASCO; NAPI, 2009, p.51)

Dentro dos bens imateriais, pode-se evidenciar a questão religiosa, a crença das pessoas e a atribuição de milagres à certas figuras e personalidades, além dos costumes (como levar flores e acender velas). Entretanto, também em torno deste ambiente são criadas diversas lendas pavorosas, que, embora façam parte do imaginário popular, reforçam o preconceito e a distância desses locais, que ficam entregues aos vândalos. (CARRASCO; NAPI, 2009, p. 54)

As lendas em torno deste espaço, e também os monumentos funerários, são uma importante fonte para o acesso ao imaginário da população da cidade, pois evidenciam diversos sentimentos que geralmente escapam dos documentos oficiais. Da mesma forma, é importante que os alunos aprendam conceitos do campo da historiografia, no caso do “imaginário”, “trata-se de uma história da criação e do uso das imagens que fazem uma sociedade agir e pensar, visto que resultam da mentalidade, da sensibilidade e da cultura que as impregnam e animam.” (LE GOFF, 2009, p.13)

Nesse sentido, é importante ressaltar aos alunos que a preservação deste espaço não compete apenas a administração pública, mas também à população, já que o cemitério é um espaço de registro da memória de todos, um local de respeito e visitação. Assim, além de abordar a diversidade religiosa, procurando eliminar possíveis preconceitos,

“Durante as visitas à locais representativos da história é possível ensinar os conceitos de respeito e preservação do patrimônio público: não jogar lixo na rua, não sujar ou danificar monumentos, prédios ou bens da comunidade e, aprender sobre os bens culturais imateriais é caminho para refletir sobre o respeito ao outro, à cultura do outro e às diferenças.”(ESTACHESKI, 2008, p.14)

Preparar um roteiro bem elaborado, aliando os conhecimentos que os alunos já possuem sobre a cidade (que podem ser descobertos através de um questionário ou uma roda de conversa, por exemplo), à outros novos ligados à historiografia e a educação patrimonial, como a questão do tombamento, é muito importante para que o patrimônio seja observado como objeto de conhecimento e aprendizagem. Além disso, pela história local não ser distante do aluno e fazer parte da sua realidade, o não focar exclusivamente em grandes personalidades, faz com que os estudantes se entendam como agentes históricos.

“Esse processo remete à reflexão sobre a identidade, o sentimento de pertença e de auto-estima. O aluno descobre-se herdeiro de uma cultura que merece ser ensinada e preservada. Descobre que a história do local onde vive tem valor e que ele faz parte desta história, pois quem a construiu são aqueles que lhe são próximos e é ele mesmo quem continua a construí-la.”(ESTACHESKI, 2008, p.14)

Definir as metas de estudo e os resultados que o docente espera, levando em consideração a percepção, a análise, a interpretação, os conhecimentos a serem abordados é indispensável no roteiro, afinal, os pontos a serem pesquisados podem ser múltiplos, por exemplo, a arquitetura, o social, o histórico, entre outros, mesmo o aspecto decorativo. Assim, incentivar os estudantes a explorar, a observar e registrar suas impressões sobre os patrimônios coletivos, que preservam a memória de um povo é muito importante, afinal estes espaços“revelam um momento determinado do passado, e são testemunhas dos modos de vida, das relações sociais, das tecnologias, das crenças, e valores dos grupos sociais que os construíram, modificaram e utilizaram” (HORTA; GRUNBERG; MONTEIRO, p. 16). Por isso, não se pode analisá-lo de maneira isolada, mas levando em conta seu contexto ao longo do tempo.

Portanto, a educação patrimonial tem muito a contribuir para a sala da aula, para a valorização da história como disciplina, para uma aula mais dinâmica e divertida, que estimule o aluno a querer aprender. Da mesma forma, atentar-se para os símbolos coletivos é importante para que o estudante compreenda as várias realidades de diferentes pessoas, o que desperta curiosidade e propicia a educação do olhar para os patrimônios.

Finalmente, considerando os cemitérios como um importante patrimônio histórico cultural, pudemos perceber que nele encontram-se vários tipos de patrimônios, materiais e imateriais. Também por ser um espaço que desperte medo dentro do imaginário popular, trabalhar com ele é importante para que se haja uma valorização do mesmo, buscando afastar possíveis preconceitos ao mesmo tempo em que incentive práticas que levem a preservação.

Referências
Anna Luiza Pereira é graduanda em História pela UNESPAR, campus de União da Vitória.

ARIÈS, Philippe. História da morte no Ocidente. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2017.

CARRASCO, Gessonia Leite de Andrade; NAPPI, Sérgio Castello Branco. Cemitérios como fonte de pesquisa, de educação patrimonial e de turismo. Museologia e Patrimônio, S/, v. 2, n. 2, p.46-60, jul/dez de 2009.

DARNTON, Robert. O grande massacre de gatos: e outros episódios da história cultural francesa. Rio de Janeiro: Graal, 1986.

DELUMEAU, Jean. História do Medo no Ocidente: 1300-1800 Uma cidade sitiada. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

ESTACHESKI, Dulceli de Lourdes Tonet (Org.). Ensinando a História Local: a Experiência do Projeto 'Contando Nossa História' na Cidade de União da Vitória.In: MARTINS, Ilton Cesar; GOHL, Jefferson William; GASPARI, Leni Trentim (Org.). Fragmentos de memória, trechos do Iguaçu: Olhares e Perspectivas de História Local. União da Vitória: Fafiuv, 2008. p. 09-31.

FUNARI, Pedro Paulo; PELEGRINI, Sandra C.A. Patrimônio histórico e cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.

HORTA, Maria de Lourdes Parreiras; GRUNBERG, Evelina; MONTEIRO, Adriane Queiroz. Guia básico de Educação Patrimonial. Brasília: Iphan; Rio de Janeiro: Museu Imperial, 1999.

LE GOFF, Jacques. Heróis e Maravilhas da Idade Média. Rio de Janeiro: Vozes,2009. p.13

________________.História e Memória. Campinas, SP: UNICAMP, 2003.

LEMOS, Carlos A. C.. O que é patrimônio histórico. São Paulo: Brasiliense, 1981.

MERLO, Franciele; KONRAD, Glaucia Vieira Ramos. Documento, história e memória: a importância da preservação do patrimônio documental para o acesso à informação. Informação & Informação, [s.l.], v. 20, n. 1, p.26-46, 22 mar. 2015. Universidade Estadual de Londrina. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5433/1981-8920.2015v20n1p26.

NOGUEIRA, Renata de Souza. Quando um cemitério é patrimônio cultural. 2013. 126 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Memória Social, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.

NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Tradução: Yara Aun Khoury. Projeto História. São Paulo, n.10, p. 7-28, dez. 1993.

POLLAK, Michel. Memória e identidade social. Estudos históricos, Rio de Janeiro, v.5, n.10,1992, p.200-212

REIS, João José. A morte é uma festa. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.

RUGG, Julie. Cemitérios. In: HOWARTH, Glennys; LEAMAN, Oliver (Org.). Enciclopédia da Morte e da Arte de morrer.  Quimera, 2004. p. 97-99.

STEWART, Sally. Arquitectura. In: HOWARTH, Glennys; LEAMAN, Oliver (Org.). Enciclopédia da Morte e da Arte de morrer.  Quimera, 2004. p. 33-36.


45 comentários:

  1. Ana Luisa Pereira,excelente trabalho.
    Fiz minha dissertação com o tema Ensino de História e educação patrimonial e escrevi que a Feira de domingo da minha cidade era o único espaço frequentado por todos os grupos sociais. Seu texto me fez ver que ignorei um fato obvio e que há um outro espaço que todo colinense, independente de raça, classe ou crença frequenta: O cemitério.
    A minha pergunta para você é a seguinte: Como (e se) a diversidade ou diferenças de classes foi percebida ou abordada durante o trabalho no cemitério?

    Assina: Aletícia Rocha da Silva

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    1. Obrigada, Aletícia!

      Entendo que o cemitério pode ser comparado a uma cidade, o próprio padrão dos enterros podem nos revelar muito, por exemplo, as construções tumulares da elite econômica em sua maioria ficam mais visíveis e o acesso a elas é mais fácil, chamam a atenção também muitas vezes pela estética. A classe média rodeia esses jazigos enquanto que as classes menos privilegiadas aparecem na medida que adentramos mais este espaço, em que o acesso se torna mais difícil, pois as ruas são mais estreitas e menos definidas. Embora muitas das práticas percebidas são comuns a todos os túmulos, levar flores e acender velas, por exemplo, a forma como estão dispostas as sepulturas revelam uma divisão social.

      Anna Luiza Pereira

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  2. Parabéns pelo seu artigo, Anna Luiza.
    O título do seu artigo me chamou bastante atenção. Achei muito interessante como você trabalhou o cemitério com um espaço de aprendizagem histórica.

    Sobre a questão da história local e a educação patrimonial. Como um professor em sala de aula deveria agir para despertar essa noção crítica e cidadã em alunos com relação ao patrimônio público, por exemplo do ensino fundamental de ensino público? Levando em consideração a realidade do nosso ensino público, onde os próprios alunos não respeitam nem os patrimônios materiais presente em sua escola, por onde começar?

    Edilson de Souza Marques

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    1. Obrigada, Edy Marques!

      Bom, considerando a cultura escolar, aproximar os conteúdos ensinados a vida prática do aluno é um passo importantíssimo para que a relação entre a escola e ele mude de forma positiva, afinal este espaço também é um patrimônio. Fazer com que o estudante se entenda como agente histórico, se envolvendo em atividades fora da classe em visitas aos patrimônios pode ser motivador.
      “Esse processo remete à reflexão sobre a identidade, o sentimento de pertença e de auto-estima. O aluno descobre-se herdeiro de uma cultura que merece ser ensinada e preservada. Descobre que a história do local onde vive tem valor e que ele faz parte desta história, pois quem a construiu são aqueles que lhe são próximos e é ele mesmo quem continua a construí-la.”(ESTACHESKI, 2008, p.14)
      Penso que o olhar atento para a história local é uma das maneiras para o docente despertar a vontade de aprender e valorizar os patrimônios por parte de nossos estudantes.


      Anna Luiza Pereira

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  3. Boa tarde, Anna Pereira.

    Gostei muito do seu texto e queria saber se você já chegou a realizar alguma atividade em cemitérios com alunos da Educação Básica?

    Tenho essa curiosidade, pois eu já fiz com turmas do Curso técnico em Guia de Turismo. Aqui no Rio de Janeiro, temos um cemitério com muitas personalidades famosas enterradas (Tom Jobim, Carmem Miranda e outras) e o cemitério recebe cotidianamente muitos turistas por causa disso. Mas nunca fiz com a educação básica.

    Gostaria que você falasse mais de sua experiência.


    Além disso, queria deixar o convite para vc ler o texto que escrevi sobre Educação Histórica e Patrimonial na Mesa sobre Tema Transversais. Sua opinião seria valiosa para mim.

    Lúcio Nascimento

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    1. Boa Noite Lúcio. Levo sempre meus alunos no Cemitério Municipal de União da Vitória (PR) para ensinar a História Local, pois o espaço cemiterial é um "museu a céu aberto" e nos dá muitas possibilidades. Penso sempre se eu tivesse a oportunidade de fazer essas aulas no "São João Batista" (moro aqui há 8 anos, mas sou das Laranjeiras e o minha família está quase toda sepultada ali), pois teria muito assunto para abordar. Convido para dar ver meu texto sobre o assunto na 2ª edição deste Simpósio (http://simpohis2016.blogspot.com.br/p/a-vida-encontrando-morte-historia-da_26.html). Vou dar uma olhada no seu texto. Abraços. Aristides Leo Pardo (Prof. Tide Karioca) tidejor@gmail.com

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    2. Aristides, boa tarde.
      O Cemitério São João Batista dá essa oportunidade. Caso seja possível fale um pouco de sua experiência com alunos da Educação Básica.

      Vou olhar seu texto de 2016 com certeza.

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    3. Boa tarde, José e Aristides!

      Ainda estou na graduação e como voluntária trabalhei junto a professora Dulceli Estacheski, como monitora da disciplina de Patrimônio Histórico Cultural no ano passado. Na educação básica não cheguei a realizar esta atividade ainda, mas trabalhei a teoria em sala com os acadêmicos do primeiro ano do curso de História, enquanto que a professora Dulceli os levou ao cemitério municipal de União da Vitória com o objetivo de focar na História local. A experiência neste caso foi bastante significativa, principalmente quando trabalhamos o imaginário em torno do cemitério em relação ao medo, foi bastante produtivo.
      Obrigada pela indicação dos textos, irei lê-los.

      Anna Luiza Pereira

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  4. Boa tarde Anna Luiza Parabéns pelo seu texto tem uma citação que diz a educação patrimonial é um instrumento de alfabetização cultural nesse sentido como posso despertar o interesse do aluno em cuidar do seu material dos livros didáticos que temos para trabalhar em escolas públicas, da biblioteca inserindo assim esse aluno na reflexão de sua identidade e do pertencimento de sua cultura que deve ser ensinada e preservada , penso que só assim pela conscientização e sensibilidade que poderemos avançar no cuidado e preservação do Cemitério e de espaços musealizado.
    A minha pergunta é como facilitar o processo de ensino aprendizagem no contexto da preservação dos cemitérios?
    Att,
    Vanessa Souza Santos

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    1. Obrigada, Vanessa!

      Sobre a questão da valorização do espaço escolar, como comentei na pergunta do Edy Marques, é fundamental conciliar os conteúdos apresentados em sala com a vida prática do aluno, sendo os patrimônios uma fonte de conhecimento importante para transformar a relação entre a escola e o aluno de forma positiva.
      Pensando o cemitério, é importante "educar o olhar" dos alunos para ele conversando sobre os aspectos teóricos antes da visita, além disso, este espaço de memória deve ser respeitado assim como aqueles que o visitam, sempre é importante relembrar este ponto aos alunos.

      Anna Luiza Pereira

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    2. boa Tarde Anna Luiza ,muito obrigada pela resposta me orientou bastante.

      Vanessa Souza Santos

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  5. Primeiramente, parabéns pelo artigo muito bem elaborado.
    Gostaria de chamar à atenção para o fato de que semana passada ocorreu um evento muito interessante no qual participei como ouvinte, foi o I Colóquio de Arqueologia Funerária que ocorreu no Museu Histórico Nacional no Rio de Janeiro.
    Em especial para a fala "Arquitetura cemiterial: uma tipologia classificatória para o estudo de necrópoles oitocentistas" de Clarissa Grassi, que, como você comentou, nos afirma que os cemitérios e suas arquiteturas diversas refletem a evolução estética e urbana das cidades em que estão localizadas, servindo assim como excelente material de estudo histórico.
    Acredito que essa e outras comunicações neste evento podem lhe ser úteis para o aprofundamento do tema.

    Lucas Mascarenhas Levitan

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  6. Parabéns pelo trabalho, gosto muito do assunto e sempre levo meus alunos para conhecer a História Local através do Cemitério Municipal de União da Vitória, tendo publicado aqui mesmo nesse evento, no ano de 2016 um texto sobre o assunto (http://simpohis2016.blogspot.com.br/p/a-vida-encontrando-morte-historia-da_26.html). Gostaria de saber se já aplicou a teoria na prática e como foi a experiência? Abraços e me coloco à sua disposição. Aristides Leo Pardo (Professor Tide Karioca) tidejor@gmail.com

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    1. Boa tarde, Aristides!

      Conforme comentei na pergunta do Lúcio, como monitora da disciplina de Patrimônio Histórico Cultural com os alunos do 1º ano do curso de História, em sala trabalhei as questões teóricas em relação ao cemitério, na aula posterior os alunos foram levados até ao cemitério municipal de União da Vitória para que a professora Dulceli desse ênfase na História local articulando as ideias que já haviam sido apresentadas. Mas a experiência que tive foi muito significante, os alunos foram bastante participativos e se demonstraram bastante curiosos, principalmente em relação ao imaginário em torno deste espaço.
      Obrigada pela indicação Aristides, lerei seu texto!

      Anna Luiza Pereira

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  9. Boa noite, Anna Luiza. Quero parabenizá-la por sua pesquisa e seu texto, gostei bastante, muito interessante a ideia de trabalhar o cemitério enquanto patrimônio histórico.
    Num contexto de grande velocidade das informações, temos infelizmente, uma educação que não estimula o aprendizado, muito menos a valorização da memória. Temos novas gerações "sem memória", "desmemoriadas", graças a esse acúmulo de informações posta pelos meios de comunicação e redes sociais.O nosso patrimônio é considerado "coisa velha" e não como fruto de nossa história, portanto, trabalhar para manter essa memória é um trabalho árduo nesse contexto. Despertar o interesse por ele é muito importante. Principalmente quando for analisar, problematizar a questão do cemitério como patrimônio, de história e de memória. Lendo seu texto, me veio a mente a relevância de como se apropriar desse espaço como patrimônio traz também a possibilidade de valorizá-lo, mas, por outro lado, de construir mais respeito e sensibilidade quanto às nossas memórias vivenciadas e enterradas nos cemitérios. Gostaria de saber se você já colocou em prática em sala de aula a visita à algum cemitério, mostrando-o aos alunos, ressaltando-o como lugar de memória e de história.


    Andrea Cristina Marques.

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    1. Obrigada Andrea!

      Bom, como já comentei nas perguntas anteriores, como monitora da disciplina de Patrimônio Histórico Cultural, discuti com os acadêmicos do primeiro ano do curso de História ano passado sobre os aspectos teóricos em torno do cemitério. Foi uma experiência muito interessante em que houve uma troca de ideias significativa, principalmente nas discussões em torno do imaginário. Após finalizada a explicação teórica, a próxima aula, que foi a visita ao cemitério, foi coordenada pela professora da disciplina, que focou na história local.

      Anna Luiza Pereira

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  10. Olá, Anna Luiza. Parabéns pelo artigo!
    Os cemitérios são uma ferramenta de estudo e pesquisa extremamente valiosos para a Educação Patrimonial, haja vista sua relação com a identidade, memória e história locais. Para você, qual o maior implicante para o uso dos cemitérios como espaços educativos na Educação Patrimonial?

    Taís Cristina Melero.

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    1. Obrigada, Taís!

      Nesse sentido, discutir sobre a morte é um implicante porque é um tema tabu, além disso o cemitério inspira muito medo em algumas pessoas, não é à toa que dentro do imaginário surgem diversas lendas e ditados pavorosos. Mas ao mesmo tempo, trabalhar o cemitério como patrimônio possibilita a desconstrução de muitos preconceitos, faz dele um espaço de aprendizagem fazendo com que seja incentivada sua preservação.

      Anna Luiza Pereira

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  11. Oi Ana Luiza
    Parabens pelo seu trabalho, muito interessante.
    Gostaria de fazer uma pergunta: Como a temática sobre o cemitério pode interferir na vida emocional dos alunos? Qual a reação deles em relação à morte?
    Maria Lúcia da Silva Rodrigues

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    2. Obrigada, Maria!

      Bom, sempre que discuto este tema com as pessoas ocorre um misto entre curiosidade e apreensão. Porém, por exemplo, quando trabalhamos as lendas em torno deste espaço podemos desconstruir muitos preconceitos relacionados ao medo, pensar outras realidades e mesmo a diversidade religiosa neste espaço. O cemitério também deve ser entendido como um espaço de respeito por todos, e é importante orientar os alunos antes da visita.

      Anna Luiza Pereira

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  12. Boa noite, realmente esse ideia é um diferencial para o ensino de História, onde podem ser trabalhados vários temas. Você já teve oportunidade de colocar em prática com alunos do ensino público? Em caso afirmativo, quais as dificuldades que teve para a realização de todo esse processo, e com qual faixa etária trabalhou?

    Denise Cristina Ramos

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  15. Olá, Ana, primeiro parabéns pelo texto. Bem, o seu artigo me fez repensar a educação patrimonial e a importância do cemitério para a cidade. Entender o cemitério como um registo da cidade, um local de aula, decoração ou um tipo de museu foram elementos que me soaram inovadores. No entanto, duas questões me marcaram. A primeira: Você já teve a oportunidade de vivenciar a prática? Você já conseguiu levar alguns alunos para uma aula de campo? Se sim como foi o preparo com a turma? Como os alunos reagiram quando souberam e quais foram os resultados? E a segunda: Por duas vezes no texto você diz que estas aulas podem favorecer a autoestima e não ficou claro para mim como esse processo se dá. Você poderia explicar melhor?
    Cordialmente,
    Gianne Carline Macedo Duarte Ferreira

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  16. Parabéns pelo texto, ótimo trabalho.
    mas você já aplicou toda essa teoria na pratica? O que os alunos acharam?
    abraços, Sueli eva kwasniewski

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  17. O CEMITÉRIO, É LUGAR RICO EM DADOS MATERIAIS E IMATERIAIS, COMO PATRIMÔNIO CULTURAL DA COMUNIDADE, POIS RETRATA A IMPORTÂNCIA HISTÓRICA E ARQUITETÔNICA DA CIDADE NO ELEMENTOS SOCIAIS E FÍSICOS ATRIBUÍDOS AO LOCAL. NA CONSTRUÇÃO DO PROCESSO CULTURAL DA COMUNIDADE, COMO UM ESPAÇO FÍSICO (CEMITÉRIO), OCASIONA UMA REPRESENTATIVIDADE NA FORMAÇÃO DA IDENTIDADE SOCIAL DA COMUNIDADE?

    ATT,

    JÁYSON FELLYPE RIBEIRO PRADO

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  18. Ola
    Boa noite
    Achei incrível seu texto muito bem elaborado, qual a maior dificuldade em fazer seus lunos verem o cemitério nao apenas pelo lado misto mais pelo lado histórico?
    Att, Vanderlania Ferreira Maciel

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    1. Obrigada, Vanderlania!

      A maior dificuldade se encontra no próprio estranhamento dos alunos em relação ao cemitério devido as várias superstições que surgem em torno desse local, em que as mesmas podem ser usadas para o trabalho teórico em torno do imaginário.

      Anna Luiza Pereira

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  19. O que te levou a ter o cemitério com objeto de estudo e de aprendizagem? Quais as experiências mais marcante vivida com seus alunos?

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    1. Sobre a minha experiência, como comentei anteriormente em outras perguntas, a discussão mais empolgante por parte dos alunos foi em relação ao imaginário, em que eles acrescentaram bastante a discussão.
      Sobre a minha motivação, foi principalmente porque meu tema de monografia é voltado para a História da Morte, porque atuei como monitora da disciplina de Patrimônio Histórico Cultural, o que me fez ter mais familiaridade com os textos da disciplina, e também porque foi uma das aulas mais marcantes que tive até o momento na graduação e que acabou fortalecendo meu interesse neste espaço.

      Anna Luiza Pereira

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  20. Boa noite!!! Parabéns Anna Luiza pela temática, texto apresentado. A memória e a história presente nos monumentos, nos museus, nas praças, nas ruas, nas escolas... pode ser investigada, interrogada, (re)construída, (re)pensada. Reflexões sobre educação patrimonial no campo do ensino de História, trazem novos objetos e novas perspectivas teórico-metodológicas para a disciplina escolar. Todavia, embora convivamos com intensa renovação historiográfica/pedagógica no campo acadêmico – e acessemos parte dessa produção ainda na graduação –, observo ainda que a história ensinada no ambiente escolar, guarda muito da história tradicional – temas clássicos, fatos históricos da história das civilizações, da história das nações, da história oficial. Há quase uma ausência da história regional e local das nossas salas de aulas. Pergunto: Qual a responsabilidade da universidade, da graduação, das licenciaturas, dos cursos de formação de professores no tocante à essas questões?
    Eliane Brito Silva.

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    1. Boa noite, Eliane!

      Aproximar os conteúdos da disciplina de história com o cotidiano do aluno, é muito interessante e facilita que ele desenvolva suas competências históricas, por isso é necessário esse olhar atento de valorização da história local e regional e usar os patrimônios como espaços voltados para a educação e pesquisa.
      Conforme sua pergunta sobre as responsabilidades, é importante que estes espaços apontados por você sempre conciliem o ensino e a pesquisa, a produção de conhecimento em torno da história regional e local, e também a divulgação desses estudos para a população.

      Anna Luiza Pereira

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  21. Boa noite, excelente artigo, apresenta várias contribuições. Gostaria de saber como você encontrou as fontes para pesquisa e de onde partiu seu interesse pelo Educação Patrimonial?
    Camilla Mariano

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  22. Muito interessante observaras novas configurações em torno do cemitério -tema não muito estudado nas pesquisas acadêmicas, que vai desde o patrimônio, arquitetura, ambiente social, simbologia até o comércio. E, como essa valorização do defunto trouxe um uma visão sobre a morte.

    Bárbara Lopes Heleno

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    1. Obrigada Bárbara! A perspectiva histórica em torno da morte é muito interessante e dentro do cemitério realmente são inúmeras as abordagens possíveis.

      Anna Luiza Pereira

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  23. Oi Ana Luiza. Tendo em vista a sua explanação sobre o assunto, sobre as sociabilidades no espaço do cemitério, este como um patrimônio. Você considera que, a possibilidade de inserir essas práticas na educação e principalmente na história, conduziria não só o aluno a ter relações de identidade e pertencimento com o bairro, a cidade, mas, também com a própria disciplina de história? Visto que, no caso de alunos que tem certa recusa pela matéria, boa parte destes não identificam relações no seu presente com os estudos históricos.
    Cibele da Silva Andrade.

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  24. Sabendo que os cemitérios, seus patrimônios e suas histórias preservam traços culturais e identitários de um povo e uma região, sendo um importante espaço educativo, como podemos trabalhar para que o espaço cemiterial não seja visto apenas como um ambiente melancólico??

    Parabéns pelo texto.
    Vinícius Carvalho

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    1. Obrigada, Vinícius!

      Bom, ao tratar da história local podemos trabalhar com diversas realidades da cidade, pensar a religiosidade neste local e diversas outras perspectivas bastante interessantes. Considerando sempre o respeito a este espaço e aos seus visitantes, você pode abordar a perspectiva histórica do cemitério, fazendo os alunos perceberem como o medo, o luto e outras práticas funerárias vão surgindo e se alterando ao longo do tempo, evidenciando a mudança na mentalidade.

      Anna Luiza Pereira

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  25. Anna Luiza, parabéns pela temática do seu trabalho. Existe um imensa riqueza de detalhes na geografia dos cemitérios, desde sua arquitetura, o espaço, a cidade e sua gente.

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