Andrea Cristina Marques

DISCUTINDO O ENSINO DE HISTÓRIA: COMO ANDA A PRÁTICA DOS PROFESSORES DE HISTÓRIA NOS ÚLTIMOS TEMPOS EM RELAÇÃO ÀS DISCUSSÕES SOCIOCULTURAIS?

Os professores de História em meio à diversidade cultural escolar... 
Atualmente o leque de questões que devem fazer parte do cotidiano dos professores nas escolas se torna cada vez mais maior, e para as aulas de História questionar e problematizar as diferenças torna-se ainda mais pertinente, entendendo as construções das identidades dos grupos excluídos, sejam eles homossexuais, mulheres, negros, indígenas, desmistificando essa produção histórica, já que convivemos todos os dias com essa diversidade. É o que afirma ZAMBONI (2001) ao falar sobre a relevância de se problematizar em História, já que problematizar sempre exige que o aluno pesquise, levante hipóteses, classifique-as e passe a um processo de comprovação ou rejeição com argumentos da hipótese escolhida por ele.

Assim, a diversidade sociocultural torna-se um tema relevante para ser trabalhado nas aulas de História. Nesse sentido, foram passados questionários para alguns professores de História da escola Estadual E. E. E. F. M. José Bronzeado Sobrinho, situada na cidade de Remígio, tratando sobre a prática de ensino dos professores de História em sala de aula. 

Questionados sobre se tiveram alguma formação para trabalhar os temas relacionados à religião, homossexualidade, as mulheres, negros, indígenas, os professores (as) deram respostas do tipo: “Não. Os conhecimentos adquiridos foram provindos da graduação e da busca individual constante por informações e metodologias que facilitem o ensino-aprendizagem.” Outro professor (a) afirma: “Participei de uma formação na educação sobre inclusão, a formação foi voltada para as pessoas especiais com deficiência.”

Nas respostas dos professores (as) percebemos a carência de cursos que preparem os profissionais da educação, nesse caso, os professores de História, dando-lhes a possibilidade de ir além da aula conteudista, construindo dessa maneira uma aula crítica, ficando assim “preso” ao conteúdo, decorando as atividades que os livros didáticos trazem. Surge inicialmente uma dificuldade pela ausência de formação do professor (a), impedindo que ele possa trazer para seus alunos questionamentos pertinentes e que podem melhorar sua compreensão reflexiva acerca da diversidade que convive com eles no ambiente escolar. 

Para que possa ocorrer essa mudança nas aulas de História é necessária uma formação inicial sólida como também uma formação continuada que atualize os conhecimentos do professor, tornando-o um profissional capacitado de lidar com a diversidade cultural que há na escola. Diversidade que será contemplada segundo FERREIRA (2004), a partir de uma 

“[...] formação e a prática crítica dos professores de História (que) podem levar a uma prática inovadora do ensino, permitindo uma mudança de atitude dos próprios docentes e nos seus alunos, onde a incorporação das novas tecnologias ocorre de forma a dinamizar o processo de ensino-aprendizagem.”(FERREIRA, 2004, 3)

Em se tratando de como trabalham temas como o indígena, sobre a mulher, a homossexualidade, a religiosidade, os professores (as) inicialmente mostraram tentar não reproduzir o lugar comum, não reafirmando os lugares tradicionais dados a esses grupos, a essas identidades. Embora tenham mostrado também que fora de algumas datas comemorativas as diversas identidades presentes na escola não são lembradas muito menos questionadas durante o ano letivo. Podemos colocar isso a partir da seguinte fala de um professor (a) de História quando diz:

“Falo sobre a importância da data e faço uma conscientização. Não faz sentido comemorar o dia do índio com pinturas no rosto ou reforçando ideias que nem existem de fato, quando ignoramos todos os dias a matança dos povos indígenas e a tomada de suas terras aqui no Brasil. Qual a importância de se comemorar o dia da mulher entregando-lhe uma rosa, promovendo coquetéis, se não discutirmos a opressão que a mulher sofre em nossa sociedade. E comemorar o dia da consciência negra não teria sentido quando alimentamos práticas racistas em nosso dia a dia. Nessas datas, procuro falar sobre cada assunto, tratando com muito respeito e seriedade, procurando não reforçar preconceitos e ideias que só atrapalham.”

O professor(a) de História em questão, em nenhum momento falou sobre a questão homossexual ou religiosa, e como trabalha esses temas em suas aulas. Em outra questão respondida por esse (a) profissional, percebemos a dificuldade que tem em lidar com esse assunto em sala de aula. E sobre isso coloca: 
“Dentre tantos temas a se trabalhar em sala de aula nós professores às vezes sentimos dificuldades em falar sobre o assunto, pois o próprio negro deixa transparecer que ele próprio é racista e preconceituoso. No momento, o tema mais difícil de se trabalhar é homossexualismo, pois está muito presente nas escolas, e as pessoas desse grupo muitos não sabem se comportar adequadamente nos deixando muitas vezes em situações de constrangimento, tornando difícil a comunicação sobre o assunto (...) “

O despreparo do profissional da educação, ou seja, a falta de formação, de qualificação para que o professor(a), nesse caso, cria a imagem de um aluno como sendo racista ou preconceituoso contra si mesmo. O professor reproduz, por falta de conhecimento e criticidade acerca do assunto, o preconceito que circula pela sociedade, colocando no aluno a responsabilidade dele mesmo ser vítima de discursos e atos preconceituosos. E esse tipo de comportamento do professor(a) encontra muita facilidade para se espalhar pelo ambiente escolar, porque nele existem tipos diversos de pessoas, de identidades. E, os profissionais da educação muitas vezes reproduzem em suas práticas as diversas formas de preconceito e discriminação existentes socialmente, o que reforça e legitima a exclusão de alguns grupos que já sofrem com esse preconceito fora da escola. Isso tem acontecido com frequência nas salas de aula acontece porque 

“Historicamente, tanto a formação acadêmica como a formação de educadores/as em exercício não têm contemplado o debate sobre as discriminações e preconceitos de gênero, étnico-racial e de orientação sexual. Reside nesse fato a importância da promoção de ações sistemáticas que ofereçam a profissionais da educação bases conceituais e pedagógicas que os ajudem a abordar adequadamente essas questões.” (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2007, 55)

Um pouco da opinião dos alunos em relação às aulas de História
A partir do contato com a escola da rede pública na cidade de Remígio, também foi possível perceber os problemas enfrentados cotidianamente, em especial nas disciplinas de História. A partir de um questionário realizado pelos estagiários, nas respectivas escolas em que atuaram, percebemos quais os anseios e desejos, bem como, as opiniões acerca do conteúdo de história que são compartilhados pela maioria dos alunos. 

Os alunos em grande parte apontaram não gostar da disciplina de História, por não encontrarem nenhuma relação com o seu cotidiano, além disso, o sucateamento físico das escolas, como os poucos recursos oferecidos nas aulas também eram apontados como desmotivadores das aulas de História. Por outro lado, as dificuldades apresentadas pelos professores da rede pública estadual de Remígio também foram válidas, pois mostram tanto a falta de reconhecimento profissional como a desmotivação dos alunos.

A temática das diferenças socioculturais coloca em pauta as diferenças em relação ao outro, e embora, sejam comuns a todos os grupos sociais, nem sempre foram assim compreendidas, ou seja, inúmeros exemplos históricos mostram como essas diferenças foram tratadas e destratadas. Segundo os Parâmetros Curriculares da Paraíba:

“Na Escola, isso é evidente e se revela através de diversas práticas tanto dos educadores quanto dos pais e dos alunos. O famoso bullying, uma versão atualizada de diversos preconceitos enraizados na nossa sociedade e que sempre se manifestaram nas escolas, agora ganha outra perspectiva de análise. O que antes estava naturalizado ou banalizado, como a discriminação de crianças por religião ou algum tipo de deficiência física, agora, graças aos diferentes movimentos e ações sociais, sofre críticas e recriminações; e alerta-se para a necessidade de combater preconceitos e conflitos, objetivando uma sociedade mais justa. Portanto, um dos principais objetivos deste documento é contribuir para que a comunidade escolar pense sobre as diversidades, preconceitos e conseqüentes conflitos que vive diariamente. A intenção é propiciar o conhecimento e a compreensão das diversidades por parte dos educadores, através de e um diálogo dentro da Escola sobre essas questões, contemplando o objetivo maior da sociedade cidadã: a igualdade na diferença.”(PARAÍBA, 2010,313).

Nesta perspectiva, ser professor na contemporaneidade, perpassa pela desconstrução, seja de uma História que não tem mais a função de conscientizar, seja de um planejamento que não pretende apenas burocratizar o ensino, ou de um currículo que só determina conteúdo e legitima o ensino reprodutor de relações sociais cristalizadas. Mas, de abrir espaços para a inquietação e problematização para um novo vir a ser. Este projeto pretende, portanto, apontar alguns territórios que possibilitem a inquietação e a desfamiliarização do presente, pelo educando, problematizando que identidades são construídas a partir de um discurso que privilegia alguma parte, como foi o caso da construção da identidade indígena, do negro e da mulher. Sendo importante romper com as certezas, e abrindo espaços para as múltiplas identidades e experimentações.

Referências
Andrea Cristina Marques é mestre em História pela Universidade Federal de Campina Grande – UFCG. Professora de História da rede pública municipal e estadual do Estado da Paraíba – PB.

FERREIRA, Carlos Augusto Lima. A formação e a prática dos professores de História: enfoque inovador, mudança de atitudes e incorporação das novas tecnologias nas escolas públicas e privadas do Estado da Bahia, Brasil. Tese de Doutorado em Pedagogia pela Universitat Autònoma de Barcelona. 2004.

LOPES, Alice C.; MACEDO, Elisabeth (Orgs.). Currículo: debates contemporâneos. São Paulo: Cortez, 2003.

PARAÍBA, Secretaria de Educação e Cultura/ Gerência Executiva da Educação Infantil e Ensino Fundamental. Referenciais Curriculares do Ensino Fundamental: Ciências Humanas, Ensino Religioso e Diversidade Sociocultural. João Pessoa: SEC/Grafset, 2010.

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA, ALFABETIZAÇÃO E DIVERSIDADE. Gênero e Diversidade Sexual na Escola: reconhecer diferenças e superar preconceitos. Brasília, Distrito federal, 2007.

ZAMBONI, Ernesta. História Integrada é um eufemismo. Revista do Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas, São Paulo, ano. I, n.1, março/2001.

16 comentários:

  1. Boa tarde Andrea Cristina, muito bom seu texto ajudou a nutrir os meus estudos dentro de uma pesquisa ação, do Estágio Supervisionado em História.
    O que venho percebendo que alunos e professores dentro de uma "massa" a escola vão sendo fermentados pela rapidez do tecnológico que é rápido e eficaz , mas dentro da perspectiva sociocultural as dimensões aumentam e não há um algoritmo exato para solucionar problemas vindos da nossa geração.Crianças e jovens desmotivados que não querem aprender, que não acham importante fazer as atividades propostas pelo professor, tenho a impressão de que não vão à escola para aprender e dentro dessa "massa tem o Negro, homossexual, os filhos de empregada doméstica que sofrem discriminação, já ouvi a mãe é empregada, diarista não tem Cultura não pode incentivar o filho.
    A minha pergunta é como intervir abrindo um espaço para a problematização para um novo vir a ser?
    Att,
    Vanessa Souza Santos

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  2. Boa noite, Vanessa.
    Nós professores temos árduos trabalhos pela frente, um deles é "disputar atenção" dos alunos que são de uma geração que acessa a tecnologia e é conquistado por ela. No meu dia a dia de professora de História, vejo bem essa realidade. A disciplina é observada por muitos deles como uma matéria sem relação com a realidade. Acredito que essa visão da maioria dos alunos, depende muito do posicionamento e maneira que o professor tem em sala de aula. Nós temos que tentar desconstruir esses preconceitos, fazendo-os pensar, fazer a reflexão acerca de determinados assuntos e temas. Tarefa fácil não é. Mas, só podemos intervir na realidade a partir do momento em que essa realidade nos inquieta e nos faz pensar acerca dela. Podemos utilizar até a própria tecnologia, como as redes sociais, novelas, filmes, desenhos, dependendo da faixa etária dos alunos, que são produções que tem discutido temas como "racismo, homossexualidade, machismo, feminismo", dentre outras questões.

    Agradeço o questionamento.

    Andrea Cristina Marques.

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    1. Boa Tarde Andrea Cristina
      Muito obrigada pelo seu retorno ! Vou levar suas palavras para a minha prática do dia a dia , fico muito grata em participar do Simpósio e de conhecer sua pesquisa que fez muito sentido no meu cotidiano.
      Att,
      Vanessa Souza Santos

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  3. Boa noite a todos,

    Achei o texto de suma importância, principalmente dado o momento histórico que nos encontramos. A problematização é sempre necessária, mas me pergunto o que pode ser feito na prática, dentro das salas de aula, com todos os problemas já previamente apresentados pelo texto? Além do problema da formação do professor em si, creio que a tradição conteudista e eurocêntrica do ensino brasileiro também não propicie uma alternativa para esse problema. O que você (autora) acha que poderia ser feito, além da problematização, para mudar a atual realidade? Grata!

    Mayara da Costa Pinheiro

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  4. Olá, Andrea, boa noite.

    No que diz respeito à questão de gêneros, posso dizer que por ter trabalhado durante os estágios obrigatórios em uma escola confessional católica, é visível a dificuldade em lidar com questões tão complexas e sensíveis dos novos paradigmas educacionais, que equacionam no mesmo ambiente elementos tão ímpares. Uma das questões que mais concerne ressaltar é a questão do uso midíatico e imagético do negro - muitas vezes sendo coadjuvante em sua própria alforria e diversas outras relegando personagens como Dragão do Mar à histórias distantes da realidade. Minha pergunta é com relação a percepção da pesquisadora com ao material humano encontrado na pesquisa, os estudantes. Você acredita que o indivíduo negro, proveniente muitas vezes de uma situação desfavorável e com as diversas questões que se impõe para a qualidade educacional da escola pública e num mesmo espectro, a vida social que o circunda, fazem com que o negro não consiga se enxergar como parte integrante da história de seu próprio país?

    Att.:

    Luis Sérgio Bentes Lopes;

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    1. Boa noite, Luiz. Certamente a realidade social tem influência sobre como nós nos vemos enquanto sujeito, o que vem a ser também o caso que você coloca sobre as pessoas negras. Nós aqui no Brasil viemos de um contexto que não deu vez nem voz a esse povo e sua cultura. Hoje, grande parcela das pessoas que tem os menores salários são negros, a realidade é dura para todos que vem do povo, das classes mais pobres. Mas, em sala de aula, podemos valorizar a cultura negra, seus costumes, cultura, enfim, tudo que envolve positivamente esse povo. Acredito que já é um bom começo trabalhar com textos, músicas, a história de luta deles, como pessoas que não se entregaram a própria sorte, como a história eurocêntrica mostra. Assim, estaremos contribuindo para a construção de uma nova identidade negra. Andrea Cristina Marques.

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  5. Amanda Wrobel Schatz Gouveia11 de abril de 2018 às 19:34

    Olá Andrea!

    Eu trabalhei em duas escolas particulares como profissional da educação e em ambas por serem católicas evitam entrar nos méritos de gêneros, por exemplo, ao conversar em sala com os alunos fomos orientados a não citar todos as configurações de famílias, como as homossexuais, por não condizer com a política da escola.

    Queria saber se essa postura da instituição tem algum embasamento para que eles possam fazer isso, por ser uma escola particular, ou esse tipo de atitude é totalmente repudiada?

    Obrigada
    Amanda Wrobel Schatz Gouveia.

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  6. Sua pesquisa foi muito bem elaborada. Tanto da parte com professores como da parte com os alunos.Gostaria de saber quais as principais dificuldades encontradas pelos professores com relação ao Ensino de história e ao processo metodológico utilizado pelos mesmos para elaboração de aulas com as temáticas do índio, negros,gênero?

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    1. Bom dia Rosiane. Obrigada pela pergunta. Trabalhar com essas temáticas não nada fácil. Encontramos dificuldades em vários sentidos. Por exemplo, há escolas que não aceitam o debate de determinados temas como o de gênero, então quando o professor não consegue ter o aval da escola, do corpo escolar, seu trabalho se torna mais complicado de desenvolver. Existe também na escola pública a falta de materiais, dentre outras coisas. Mas, por outro lado, podemos construir nossos próprios materiais, podemos trazer para as salas de aula, desenhos, filmes, cenas de novela, propagandas, textos de quadrinhos, que discutem essas temáticas referentes aos gêneros, negros, indígenas, elas estão aí, temos que ter um olhar mais atento no nosso cotidiano, pois se observarmos bem isso tudo está só nosso redor e muitas vezes não vemos, não os percebemos enquanto fonte de questionamento para determinados preconceitos. Andrea Cristina Marques.

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  7. Hércules Barbosa de Lima12 de abril de 2018 às 13:08

    Saudações Andrea

    o seu trabalho é bem elucidativo sobre o tema proposto. O que ocorre nessa escola da cidade de Remígio se assemelha bastante com as demais realidades encontradas e diversas escolas brasileiras. Parabéns pelo trabalho e muito obrigado pela oportunidade que você nos fornece ao colocar esse tema para discussão.
    Foi bem mencionado no texto a carência de recursos encontrados na escola como sendo um dos motivos para que os alunos se desmotivem com as aulas de história, e essa falta de recursos (além da notória desvalorização da profissão do professor que, nesses tempos de redes/mídias sociais, está cada vez mais difícil exercer) dificulta, praticamente impossibilita, que os professores realizem o trabalho de conscientização mencionado por um colega e os alunos despertem interesse pela História
    Acredito que uma das árduas tarefas dos profissionais em ensino de História é fazer com que os alunos percebam que ela está presente na vida deles e norteará os seus caminhos futuros, daí a importância de se estudar o passado, mas para isso o aluno precisa se identificar com o conteúdo, ser capaz de fazer essa conexão entre o que ouve em sala de aula e seu cotidiano. Grade curricular é um tema complexo pois se baseia em escolhas e aqui vai a minha pergunta: Creio ser muito desafiador, mas você entende ser possível elaborar aulas nos quais os professores consigam fazer essas conexões (levando em consideração as diversas realidades encontradas em nosso país) vividas por esses alunos e por aqueles com quem eles convivem? Como podemos construir podemos construir essa "ponte" que faça essa ligação entre a matéria trabalhada com o cotidiano dos alunos. Um maior conhecimento da realidade e história local poderia ajudar nesse aspecto? Desde já agradeço pela oportunidade.

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  8. Bom dia Andrea! Parabéns pela sua pesquisa, excelente! Considero que a educação que respeita e prepara o aluno para viver num país multicultural como o nosso é um grande avanço das transformações sociais das últimas décadas. No entanto, através da sua pesquisa constata-se que os professores nem sempre estão preparados para abordagens tão diversificadas, tais como desigualdades sociais, diversidade religisa, questões étnico raciais, de gênero, homossexuais, necessidades especiais e outros. Pergunto: Como abarcar questões tão diversificadas somente através da disciplina de Historia? Qual a contribuição da interdisciplinaridade para dar conta de tal desafio?

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    1. Bom dia Andrea! Parabéns pela sua pesquisa, excelente! Considero que a educação que respeita e prepara o aluno para viver num país multicultural como o nosso é um grande avanço das transformações sociais das últimas décadas. No entanto, através da sua pesquisa constata-se que os professores nem sempre estão preparados para abordagens tão diversificadas, tais como desigualdades sociais, diversidade religisa, questões étnico raciais, de gênero, homossexuais, necessidades especiais e outros. Pergunto: Como abarcar questões tão diversificadas somente através da disciplina de Historia? Qual a contribuição da interdisciplinaridade para dar conta de tal desafio?Maria Doralice Nepomuceno Barbosa

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  9. Olá boa tarde!
    Parabéns pela pesquisa. Sobre esta passagem "Nesta perspectiva, ser professor na contemporaneidade, perpassa pela desconstrução, seja de uma História que não tem mais a função de conscientizar", fiquei pensando algumas coisas: 1) se a disciplina de história trata-se de conscientização ou orientação? Pq penso que a história ocorre em outros espaços além da escola, então não seria o caso de se pensar numa história compartilhada? Uma questão de orientação muito mais do que conscientização uma vez que nossos estudantes vem com uma bagagem cultural, uma formaç~çao q ocorre em outras esferas, e portanto uma "consciência histórica?" Obrigada. Helena Ragusa

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  10. Cristina Andrea parabéns pelo seu texto.
    No seu texto fica claro que para o(a) docente de História discutir questões relacionadas a diversidade cultural, faz-se necessário uma formação em História bem sólida e continuada. A formação continuada vai permitir que temas não encontrados na nossa literatura sejam explorados de forma eficientes dando ao(a) professor(a) maior segurança ao abordá-los em sala de aula.Com relação aos temas como: homossexualismo, violência contra a mulher e mesmo racismo, na sua opinião, como devem ser abordados e discutidos em sala de aula, para que não sejam reforçados os preconceitos já existentes? Quais as contribuições das Secretarias de Educação nos estados e municípios no suporte a formação continuada do professorado? Não seria melhor que as escolas pressionassem os órgãos competentes a promoverem cursos de reciclagem e aperfeiçoamento, ao invés de individualmente, cada escola tentasse solucionar suas deficiências?

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  11. Cristina Andrea parabéns pelo seu texto.
    No seu texto fica claro que para o(a) docente de História discutir questões relacionadas à diversidade cultural, faz-se necessário uma formação em História bem sólida e continuada. A formação continuada vai permitir que temas não encontrados na nossa literatura sejam explorados de forma eficientes dando ao(a) professor(a) maior segurança ao abordá-los em sala de aula. Com relação aos temas como: homossexualismo, violência contra a mulher, racismo e outros temas polêmicos, pergunto, como deverão ser abordados e discutidos em sala de aula, para que não sejam reforçados os preconceitos já existentes? Quais as contribuições das Secretarias de Educação dos estados e municípios no suporte à formação continuada do professorado? Não seria melhor que, as escolas pressionassem os órgãos superiores competentes a promoverem cursos de reciclagem e aperfeiçoamento, ao invés de individualmente, cada escola tentasse solucionar suas deficiências?
    Luiza Helena Santos Duarte Lemos.
    (Desculpe, repeti a pergunta, porque me esqueci de assinar.)

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