Ana Paula Verde

HISTÓRIAS E MEMÓRIAS DE ALUNOS E PROFESSORES DO LICEU MARANHENSE

Introdução- O Liceu Maranhense local da pesquisa
No Liceu Maranhense atuaram e atuam professores e alunos que participaram da construção da educação maranhense, os quais, por meio do convívio com seus pares e mestres, contribuem não só para contar a história intelectual, política e artística do Estado e do país, mas também a participar da sociedade como cidadãos atuantes.

Desta forma, o nosso trabalho teve por objetivo o resgate de memórias e histórias de professores, com faixa etária entre 25 a 65 anos, e alunos, com faixa etária entre 15 a 18 anos, que envoltos em suas práticas pedagógicas proporcionaram e proporcionam reflexões e ações de suas experiências e identidade escolar, que historicamente fazem parte do contexto social onde vivem, possibilitando assim uma visão de uma determinada sociedade que de forma hegemônica estabeleceu padrões que permaneceram e conduziram a conduta dos mesmos.

Escola: lugar de memória e de construção de práticas pedagógicas
A historiografia das instituições escolares e seus sujeitos escolares tendo como aporte teórico a História Cultural nos direcionam para relatos orais e memórias esquecidas e não conhecidas, até então, pois segundo Nunes (2003, p.15) “as escolas são celeiros de memórias, espaços nos quais se tece parte da memória social”. Através de relatos de professores e alunos podemos conhecer a história da sociedade que a gerou, uma vez que a educação não é um fenômeno neutro e a mesma esta diretamente ligada aos ocorridos da sociedade.

Memória e história são posições diferentes, na forma em que o presente vê o passado, dessa forma, “a história é análise, é critica, é vida que flui e muda de acordo com as necessidades sociais e as aspirações e esperanças do futuro.” (PESAVENTO, 2005, p. 220). Ou seja, a busca pela construção da memória e história de professores e alunos em um dado contexto histórico é um reconstituir sobre a temporalidade dentro do viés social.

Dessa forma, as questões que propõem este artigo estão pautadas nas seguintes proposições: Quais lembranças do cotidiano escolar permeiam a memória de alunos e professores? Como essas lembranças e memórias contribuem para a construção e reconstrução da história da educação da capital do Maranhão? Quais são as práticas pedagógicas que marcaram professores e alunos no cotidiano escolar? Como alunos e professores percebem as mudanças educativas no espaço tempo no ambiente escolar?

Portanto, busca se compreender e analisar as memórias e histórias dos sujeitos escolares, suas relações concretas e plurais, suas inter-relações, entre professor e aluno, em suas múltiplas definições e redefinições. Assim...

Escutando os professores: o aluno-professor e suas lembranças pedagógicas...
Acredita-se que acontecimentos importantes, marcados na história e na memória coletiva da sociedade influenciam a maneira dessa sociedade de se relacionar com seu espaço e certamente esta ligada a seus valores, conhecimentos e opiniões sobre o lugar. O sentido das coisas e práticas no lugar é também fruto da memória. Segundo Pesavento (2005, p. 44):

“A memória, longe de ser meramente um espetáculo passivo ou um sistema de armazenamento, um banco de imagens do passado, é isso sim, uma força ativa, que molda; que é dinâmico – o que ela sintomaticamente planeja esquecer é tão importante quanto o que lembra – e que ela é dialeticamente relacionada ao pensamento histórico, ao invés de ser apenas uma espécie de ser negativo.”

Ou seja, a memória é algo dialético e histórico, e o conhecimento é diversificado a partir da influência das subjetividades e das representações. E a história oral se apresenta nesse conjunto. Os fragmentos de lembranças, assim, vão fornecendo matéria-prima para a ação da memória, ao mesmo tempo em que os acontecimentos vão sendo relembrados, surge os personagens, as cenas e o cenário.

A primeira entrevista é com a professora Jacira Pavão, que atualmente está como coordenadora pedagógica do turno noturno e da área de Humanas.

Mahya - aluna bolsista FAPEMA - sobre sua caminhada até chegar a Universidade?

Jacira Pavão: “Eu estudei aqui no Liceu Maranhense, nos anos de 1988,89 e 90 após eu ter terminado meu ensino médio eu adentrei no curso de História na Universidade Federal do Maranhão, e lá passei, mas de quatro anos, uns quatro anos e meio, me formei entrei no mercado de trabalho e vim estagiar no aqui no Liceu né, o estágio que era pra ser um mês acabou sendo um semestre todo né, estagiando que foi muito importante pra mim, e acima de tudo por que naquele momento eu pude estar ocupando entre aspas claro, por que ninguém pode ocupar o lugar de alguém, de uma professora muito querida, que sempre serviu de inspiração, não só pra mim por estar fazendo o curso de história de licenciatura plena na UFMA, como também amigos que eu acabei conhecendo no curso de história da UFMA, todos influenciados por essa professora, essa professora que era a Maria Raimunda de Oliveira, que foi hoje ainda continua sendo minha amiga e nós mantivemos contato e essa relação começa aqui no Liceu.”

Isso nos mostra que a profissão docente é uma tarefa complexa para intelectuais, que implica num “saber fazer” (SANTOS 1998).

“Esta historicidade é uma dimensão relevante da prática pedagógica, pois permite pensar os professores e alunos, como sujeitos, que incorporam e objetivam ao seu modo, práticas e saberes dos quais se apropriaram em diferentes momentos e contextos de vida, depositários que são de uma história acumulada.” (ROCKWELL; EZPELETA, 1989, p. 28).

A professora de Matemática do matutino Jacy Pires, indagada em entrevista por Mahya - aluna bolsista FAPEMA - sobre sua caminhada até chegar a Universidade?

“Estudei aqui nessa escola durante três anos e tive como inspiração os meus professores, e tive a certeza que queria ser professora de Matemática, trabalhar com formação de professores, como algo nato. E penso que a formação continuada de professores é fundamental para a educação básica”.

Os professores exercem um papel relevante na estruturação e produção do conhecimento pedagógico e estas ações refletem na instituição escolar, para o aluno e a sociedade em geral. Desta maneira, o professor tem papel ativo na educação e não um papel simplesmente técnico que se limita à execução de normas e receitas ou à aplicação de teorias exteriores à sua própria identidade profissional.

O professor e o aluno pesquisador...
No contexto escolar faz se necessário uma tomada de consciência histórica com postura metodológica baseada na pesquisa, na qual se invista na autonomia do aluno, oferecendo oportunidades para que o mesmo seja construtor do seu conhecimento, contribuindo para que as várias reflexões que ocorreram e que ocorrem no contexto educacional e na sociedade, se concretizem de fato em sala de aula.

Mahya- aluna bolsista FAPEMA indaga a professora de Física Elisiane, sobre a sua experiência com a FAPEMA (Fundo de Amparo a pesquisa ao desenvolvimento científico e tecnológico do Maranhão)?

Prof. Eliziane Professora de Física - pesquisadora da FAPEMA: “Com a FAPEMA, eu acho assim é uma experiência muito boa, é a segunda vez que eu tenho, que eu consigo alguma coisa pela FAPEMA, eu consegui ano passado ou foi retrasado, acho que foi ano retrasado, eu consegui que a FAPEMA é bancasse, financiasse uma feira aqui no Liceu, realmente foi uma experiência muito boa, a gente conseguiu, apresentou muitas atividades aqui pros meninos e agora eu consegui mais um projeto em que eu inclui 4 bolsistas assim, então eu acho que a FAPEMA tá fazendo um papel excelente de incentivo a divulgação da ciência. Para mim, assim eu só espero que ela aumente mais e mais os recursos e as possibilidades para nós.”

Dessa forma a arte de pesquisar pode ser construída na sala de aula, mas, sobretudo nas relações sociais e pessoais nos diversos espaços que podem ultrapassar a sala de aula e os muros da escola. Nessa perspectiva, é provável que possamos contribuir para a formação de cidadãos críticos de sua realidade social e política, mas para que isso ocorra é necessário que os professores estejam comprometidos com a educação, tornando-a um ato político, como nos fala Paulo Freire, pois, não há mais possibilidades do profissional da educação ser um mero reprodutor de conteúdos prontos e acabados.

Entendemos que para fazer pesquisa no contexto escolar ou fora dele exige uma maior disposição seja por demandar mais tempo, mais discussão teórica e metodológica, mas, pode fazer da educação um espaço de produção de subjetividades mais complexa e mais significativo em termos de produção e multiplicação de sentidos. Partindo desse pressuposto fica claro que pesquisa e ensino são elementos indissociáveis para a (re) construção de conhecimento histórico.

A disciplina História e as novas linguagens tecnológicas
Com os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, observamos uma quebra de paradigma que privilegia a construção do saber histórico escolar e procura desvencilhar-se da historiografia positivista, de grandes heróis, de verdades inquestionáveis e de um ensino de História voltado para técnicas de transmissão de conhecimento pronto e acabado. (BRASIL, 1997).

Sobre o tema a discente Mahya- bolsista FAPEMA, entrevista a professora de História do vespertino, Iracema Sá e pergunta sobre a disciplina História e suas novas perspectivas: “A disciplina História não tinha analise, sem criticar e o aluno como receptor de informações, ela é uma disciplina que visa conscientizar, fazer com que o aluno seja um critico, agora podemos trabalhar com as novas tecnologias em sala de aula, que são importantes, como os vídeos, Datashow, e o aluno muitas vezes, ele não usa as tecnologias de forma pedagógica, de forma consciente e educativa.”

Assim os PCNs propõem a pesquisa como principio educativo, opondo-se ao mero transmitir e absorver de conteúdos, tendo o professor à tarefa de ser pesquisador e ensinar ao aluno a pesquisar, transformando a pesquisa em um principio educativo conforme aponta Demo (1998, p. 25) “pesquisa deve ser concebida como algo comum dos professores e alunos, como elemento principal do processo metodológico no ensino de História.”

A educação especial e suas dificuldades em sala de aula
A inclusão no contexto escolar pressupõe conhecer e discutir o Projeto Político Pedagógico da escola, fazendo com que o mesmo possibilite na prática que o aluno com necessidades educacionais especiais tenha condições efetivas de aprendizagem e desenvolvimento de suas potencialidades.

Mahya- aluna bolsista FAPEMA, pergunta ao Professor de Arte Garcia Júnior, formado em Artes Visuais pela UFMA, e supervisor do PIBID - UFMA de música, sobre alunos especiais em sala de aula, e o mesmo responde: “Daqui a dois anos vou ter em sala de aula um aluno com deficiência visual, e enquanto professor devido a quantidade de tarefas que a profissão envolve, muitos alunos e salas, ou seja, uma carga horária que passa a ser incompatível com essa especialidade, seria necessário um atendimento individual, um acompanhamento com maior disponibilidade que contemplasse esses alunos.”

A inclusão deve ir além das leis e dos espaços definidos como regular ou especial. Deve sim, referir-se ao que é importante para cada ser humano, em cada época específica de sua vida, respeitando seus momentos, suas capacidades e necessidades, e a escola deve estar preparada para o atendimento desses alunos.

Falando sobre sexualidade e docência: uma questão de inter geracionalidade
Vários são os motivos que justificam a Orientação Sexual na escola: jovens bem informados costumam iniciar a vida sexual mais tarde e com maior responsabilidade. Muitas famílias não abrem espaço para o diálogo em casa e deixam essa função para a escola. Assim, as crianças e os adolescentes conversam sobre sexo com os amigos e podem receber informações incompletas, errôneas e preconceituosas, a televisão mostra todos os dias, inúmeras cenas de sexo e de relacionamentos entre homens e mulheres nem sempre de forma natural e saudável.

Sendo assim Mahya, indaga: Sobre a questão da homossexualidade e da diversidade na sala de aula e a Professora de Sociologia Rosinéia de 65 anos, responde: “Eu vejo assim pra mim ainda falta um pouco de esclarecimento para o alunato, e ai, mas esse, isso acontece por conta da família, por que aquela família mais jovem né, que tem pessoas mais jovens ela passa isso para o filho né, que homem é homem que não sei o que, de não querer aceitar eu acho que a uma barreira ali”.

É com essa intenção que Sayão (1997, p. 113), afirma, “o papel da escola é o de ampliar esse conhecimento em direção à diversidade de valores existentes na sociedade, para que o aluno possa, ao discuti-las, opinar sobre o que lhe foi ou é apresentado.”

A sociedade absorveu ao longo do tempo, a lógica de que o indivíduo ao nascer é macho ou fêmea, de acordo com suas características biológicas; e as famílias, no seu papel de educá-los, oferecem-lhes uma educação onde esse perfil original é exigido, sendo contrários a quaisquer outros perfis que não seja o padrão exigido para toda a sua vida. Esta situação precisa ser tratada pelos professores e alunos, no sentido de minimizar atitudes preconceituosas que trazem resultados diversos que vão desde enfrentamento no ambiente da escola até questões judiciais, sem perder de vista que o individuo estigmatizado por homossexualismo pode ser excluído tanto da escola como da família, trazendo possibilidades de ações adversas tanto a ele quanto aos que o rotulam.

Histórias e memórias inconclusas
É importante olhar para dentro da escola e ver que histórias estão sendo produzidas nesse espaço, construindo sentidos de práticas pedagógicas que podem ser resultados de um processo que tem início na própria prática, na realidade, e que por muito tempo não foi objeto de estudo por parte de teóricos da educação brasileira, sendo concebida então, é concebida como totalidade concreta, como um todo que possui sua própria estrutura, que se desenvolve, que se vai criando, na medida em que todos os fenômenos e acontecimentos que o ser humano percebe da realidade fazem parte de uma totalidade, ainda que este não a perceba explicitamente e que somente na perspectiva histórico-crítica ou dialética é que poderá compreendê-la por dentro, em seus processos, em suas múltiplas relações, ou seja, o pensamento histórico-dialético resgata os princípios de especificidade histórica e de totalidade da realidade e, do ponto de vista metodológico, busca apreender e analisar os acontecimentos, as relações e cada momento como etapa de um processo, como parte de um todo (KOSIK, 1976): “A prática pedagógica assim entendida é uma prática social e como tal é determinada por um jogo de forças (interesses, motivações, intencionalidades); pelo grau de consciência de seus atores; pela visão de mundo que os orienta; pelo contexto onde esta prática se dá; pelas necessidades e possibilidades próprias a seus atores e própria à realidade em que se situam.”

Também estão nas práticas pedagógicas elementos gerais de sua constituição histórica, políticas públicas e o momento sócio-econômico-político em que se situam e que podem interferir de modo direto ou indireto nas práticas pedagógicas, segundo políticas públicas estabelecidas (reformas educacionais, implantação de novos currículos, submissão a processos de avaliação institucional, etc.) e também segundo momento histórico em que se vive (eleições de cargos públicos, paralisações de aulas e lutas das categorias docente e discente por seus direitos, etc.).

Percebemos o quanto a escola ainda carrega ainda o passado-presente em suas práticas pedagógicas, envolvendo memórias de alunos/professores, e suas lembranças no presente passado nostálgico, onde professores veem sua profissão como algo nato, relacionando o saber escolar e o saber científico, mas, sobretudo, necessitando de uma formação acadêmica constante, pra lhe dar com as necessidades contemporâneas: tecnologias virtuais, gênero, educação especial, a motricidade nos aspectos físicos e mentais, ou seja, inteligências múltiplas, e que o professor deve ter consciência de como explorar, de forma plena.

Há uma necessidade constante de uma formação permanente no contexto escolar, para atender aos alunos da geração x, y, ambientados em rede e repletos de informações desestruturadas, cabendo ao professor ser um profissional mediador, crítico reflexivo, que tenha na pesquisa um apoio para construir juntamente com o alunado a prática da pesquisa e da indagação constante, pois devem ser cidadãos ávidos a conhecerem seus direitos e suas limitações.

Professor que exige respeito e que num determinado tempo histórico foi respeitado em todos os ambientes em que frequentava e até políticos desciam de seus palanques para cumprimentá-lo, e na contemporaneidade tem seus direitos constantemente ameaçados por imposições de um neoliberalismo legal que exige resultados constantes. Aferidos por exames nacionais e internacionais, enxugando o currículo para conquistar uma maior eficiência e eficácia. O contexto histórico mudou, mas as mudanças internas a escola, a sua cultura e seu aspecto estrutural e legal, continuam e o professor deve constantemente construir uma ressignificação constante do aspecto social e político de sua profissão, com a revisão constante das tradições no espaço escolar e da (re) afirmação de práticas consagradas culturalmente e que permanecem significativas no mesmo.

Acreditamos que o desenvolvimento desta pesquisa no âmbito escolar é de suma importância, pois podemos pensar a pesquisa no processo ensino aprendizagem como uma mediação de construção de conhecimento, tornando possível que o estudante compreenda que o saber ensinado é construído e dessa forma, oportunizando o problematizar relacionado ao conhecimento histórico escolar.

Referências
Possui graduação em História pela Universidade Federal do Maranhão (2007) e graduação em Pedagogia pela Universidade Federal do Maranhão (2009) com monografia intitulada A introdução das novas tecnologias no ambiente escolar. Especialista em Psicopedagogia com o titulo A orientação sexual na escola um estudo de caso pela Faculdade Internacional de Curitiba e cursando Mestrado em Historia Profissional pela Universidade Estadual do Maranhão e especialização em Psicologia da Educação pela Universidade Estadual do Maranhão.

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CHARTIER, Roger. O Mundo como Representação. In: CHARTIER, Roger. À beira da falésia: a história entre incertezas e inquietudes. Porto Alegre: UFRGS, 2002,

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JACOMELI, Mara Regina Martins. PCNs e temas transversais: análise histórica das políticas educacionais brasileiras. Campinas, SP: Editora Alínea, 2007.

KOSIK, Karen. Dialética do concreto. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.

PERRENOUD, Philippe. 10 novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

PESAVENTO, Sandra Jatahy. História & História cultural. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

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SAYÃO, R. Saber o sexo? Os problemas da informação sexual e o papel da escola. In: AQUINO, J. G.(Org.). Sexualidade na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1997.

SCHÖN, D. A. Educando o Profissional Reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem. Tradução de Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 1992.

PARO, Vitor Henrique. Por dentro da escola pública. 1. ed. São Paulo: Xamã, 1995.

5 comentários:

  1. Olá Ana Paula Verde, saudações!
    Primeiramente gostaria de lhe parabenizar pelo trabalho e a forma de abordagem...
    O seu texto é rico e os exemplos mostrados faz com que eu, ainda graduando, volte as mais remotas lembranças escolares​ principalmente no que diz respeito ao amor pela escola e aos professores.
    Você é muito feliz quando diz "...Os professores exercem um papel relevante na estruturação e produção do conhecimento pedagógico e estas ações refletem na instituição escolar..."
    Gostaria de saber de você, como autora e pesquisadora, se houve alguma dificuldade em desenvolver este projeto com as pessoas envolvidas e toda a comunidade, principalmente no que tange a sexualidade.
    Muito obrigado!
    José Victor Cruz de Souza

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    1. Olá Jose Victor obrigada pelos comentários sobre a questão da sexualidade a escola esta aprendendo a respeitar a diversidade sexual através de pesquisas trabalhos e pela própria experiencia no cotidiano chamamos de educação histórica como uma situação que ocorreu envolvendo uma pessoa transgênero e o uso do banheiro e a discussão sobre o ocorrido dentro da escola e posterior a inclusão de banheiro GLBT foi assim de forma legal que as questões sobre diversidade sexual comecaram a ser discutidas de forma a atender as diversidade com respeito. Percebemos que muitos professores e comunidade escolar ainda trata de forma preconceituosa mais os alunos estão munidos de respaldo legal é isso que interessa diante ainda de uma da sociedade hetero normativa.

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  2. Ana Paula Verde, gostaria primeiramente de parabenizar pelo artigo "HISTÓRIAS E MEMÓRIAS DE ALUNOS E PROFESSORES DO LICEU MARANHENSE"; por ser um assunto que me encanta por pesquisar os sujeitos escolares (professores e alunos); de fato o ambiente escolar é um espaço de compartilhamento do conhecimento por congrega várias experiências de vidas e por consequência se concretiza como lugar de memória no cotidiano escolar. Desta forma, as práticas pedagógicas devem proporcionar reflexões e ações de suas experiências a partir do contexto social onde vivem, possibilitando assim uma visão crítica de uma determinada sociedade que historicamente estabeleceu padrões que permaneceram e conduziram a conduta dos mesmos. De acordo com essa concepção as bagagens que os alunos trazem para a sala de aula são relevantes para o ensino de história. Portanto, de que forma o ensino ocorre tendo as práticas sociais como centralizadoras na prática docente?

    Eurípedes Quintiliano de Sousa Júnior

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  3. Ola Euripedes obrigada pelo comentário sugiro a mudança do termo ensino para mediação de conhecimento e acontece quando ha uma relação entre estudantes e professor (mediador de conhecimento) de fora critica e reflexiva através dos conteúdos ministrados e sala de aula uma boa discussão pautada em uma historiografia atual serve como ponte para ser tratado por exemplo a questão da homossexualidade no período nazista na década de 30 e sua comparação contemporânea.

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